Comparamos: Orgulho e Preconceito (Livro, Filme e Quadrinho)


— Ah! Sabe o livro daquela autora, a Jane Austen, que…
— Desculpe, mas alguém disse JANE AUSTEN?! (Em certos momentos, sou a intrometida de olhinhos brilhantes, que se mete nas conversas… De uma forma educada…)

Ouço esse nome e já estou interessada e inserida na conversa. Tenho três livros dela, na edição bilíngue da editora Landmark (que ganhei do meu marido! ❤ 😍), mas confesso que ainda não li todos. Apenas “Orgulho e Preconceito” (Pride and Prejudice) e metade de “Persuação” (Persuasion) [persueychon…] foram lidos e ainda deixei a “Emma” de lado.

Capa da edição bilíngue da editora Landmark

Mas bem, como sou meio (quase muito) detalhista, gosto de explicar como conheci as coisas. Tive contato com as obras de Jane Austen, tardiamente (pelo menos, pra mim), na faculdade, durante as aulas de Literatura Inglesa. E me apaixonei por “Orgulho e Preconceito” (e pelo Mr. Darcy), ao assistir o filme homônimo (lançado em 2005, porém, no Brasil, só em 2006), dirigido por Joe Wright, com interpretações principais de Keira Knightley e Matthew Macfadyen.

Fazendo um resumo da obra (à la Bel), “Orgulho e Preconceito” retrata a relação entre Elizabeth Bennet (Lizzy, para nós, íntimos…) e Fitzwilliam Darcy (Ai, ai… Que nome… Mr. Darcy). Ela era umas das cinco filhas do Mr. e da Mrs. Bennet, esta que sempre enxergava uma forma de arrumar um marido para suas filhas, principalmente para a mais velha delas, Jane. A Mrs. Bennet vê essa possibilidade quando descobre que um rapaz bem sucedido, o Mr. Bingley, alugara uma casa próxima e seria seu vizinho, juntamente com sua irmã, Ms. Bingley e seu amigo, Mr. Darcy, que foi visto por muitos como arrogante. Esta também foi a primeira impressão que Lizzy teve dele, que demonstrava ser recíproco, mas que, na verdade, havia se encantado por ela. A história é ambientada na Inglaterra do século XVIII, tendo como principal tema os homens solteiros e ricos, que sempre estão em busca de uma esposa. Aliás, acho que é, mais ou menos, assim que começa o livro.

Como todos que já viram o filme sabem (calma que eu não vou dar spoiler!), no final dele a gente fica com um “gostinho de quero mais” (tipo, como assim já acabou?). Mas anos depois, li o livro de bolso, depois o livro que ganhei do meu marido e “saciei” a minha vontade de saber o que mais aconteceu. Veja bem, não é que eu esteja fazendo uma crítica ao filme pelo modo como foi finalizado. O final foi divinamente belo e acredito que tenha sido melhor assim, porque não ficou aquele “mimimi clichêzão” de final de filme drama/ romance. Mas é aquilo, não conheci o livro primeiro e aí o filme deixou aquela coisa tipo “Ah… Daqui pra frente, você já sabe o que aconteceu…”.

Bem, diante da minha antiga paixão por quadrinhos e agora, finalmente realizada, pois estou em um relacionamento sério e duradouro com minhas HQ’s (e com as que serão minhas também… Hummm… O boy não pode ler essa parte… Malfeito feito! 😜), resolvi procurar alguns títulos de livros já conhecidos, neste formato. E eis que me aparece uma coisa bela (perfeita e maravilhosa) na tela do computador: uma releitura de “Orgulho e Preconceito” em quadrinhos!!! ❤💬

Esse “filho querido” de Jane Austen (ela se referia assim ao seu primeiro livro), “Orgulho e Preconceito” teve sua releitura lançada pela editora NEMO (Sua linda!), do Grupo Autêntica, adaptado por Ian Edginton, ilustrado por  Robert Deas e traduzido por Fernando Variani e Gregório Bert. A principal razão de escrever este artigo foi essa HQ, justamente para fazer breves comparações.

Ambas as obras, filme e HQ, são fiéis ao livro (bem estruturado na construção de personagens, enredo e cronologia), de acordo com o seu formato, pois seria inviável uma HQ com tantos diálogos, né (até porque é por isso que são adaptações)?! Mesmo assim, ele é fiel até mesmo na apresentação das cartas e convites recebidos por Lizzy e Jane Bennet.

Para não dar spoilers de nada, seja do filme, do livro ou da HQ, eu vou parando por aqui, porque eu me empolgo demais quando os assuntos são HQ’s e “Orgulho e Preconceito”. Espero que vocês leiam essas e outras obras da Jane Austen (eu também tenho que reservar um tempinho para elas), que são encantadoras e que fazem o leitor realmente sentir-se inserido nas tramas.

Até a próxima! Beijo grande! 😘