Assistimos: O Príncipe Dragão (Season 2)

Depois de uma primeira temporada que me conquistou quase que instantaneamente, O Príncipe Dragão retorna para dar sequência à jornada de Rayla, Callum e Ezran. Eu que tinha grandes expectativas para a nova temporada, assisti e cá estou para dizer se as mesmas foram atendidas.

Mas cês já sabem, né? Antes tem que ter a sinopse:

Rayla, Callum e Ezran continuam sua aventura até Xadia. Mas a jornada não será fácil: cada passo do caminho, eles serão desafiados por novos inimigos assim como por velhos amigos. Eles lidarão com confiança e traição, dragões raivosos e serão tentados pela atração da magia negra, tudo isso enquanto protegem um recém-nascido Príncipe Dragão, Zym“.

Se na primeira temporada tivemos uma breve apresentação de reinos e da rivalidade entre humanos e elfos, na segunda temporada a expansão do universo acontece de forma espetacular! Ao invés de tratar simplesmente da jornada, a animação percorre por outros caminhos, como flashbacks e apresentação de novos personagens, que mesmo tendo breves participações, aguçaram a minha curiosidade e vontade de vê-los muito em breve (principalmente a rainha Aanya).

A evolução dos personagens também é notável! Dentro de suas missões principais, os protagonistas e antagonistas começam a ter suas próprias “jornadas”. Por exemplo, Callum e suas questões com a magia; Rayla aprendendo a lidar com seus sentimentos; Claudia e Soren, que ainda pouco trabalhados, perdem a função de simples alívio cômico e passam a refletir sobre até que ponto o dever é correto; a Vilania de Viren ainda que perdida, abre espaço para algo grandioso; e até mesmo Ezran que se mostra ofuscado no começo da temporada, tem uma guinada promissora no fim.

Quanto ao aspecto técnico, o que mais me chamou a atenção nesta temporada foram as sequências de combate. A produção aproveitou bem a questão das classes de RPG e colocou todos os seus elementos na hora de elaborar as lutas. O resultado é que há inúmeros estilos de combate com armas e magias de acordo com quem está lutando. Foi de aquecer o coração desse fã do gênero que vos escreve!

Por fim, destaco as mensagens progressistas que a produção traz. Há quem possa ver e pensar: “ain, lá vem a Netflix querendo lacrar“. Mas enquanto essa galera reclama do “mimimi” fazendo “mimimi”, eu vejo com muito bons olhos a naturalidade que fora tratada a homossexualidade; a força de Amaya, uma general surda; o emponderamento da jovem rainha Aanya; o rei negro casado com uma mulher que já tinha um filho, e trata o mesmo como se fosse seu; e por aí vai. Ah, ainda sobre este ponto, a trama trata do preconceito racial não com humanos, mas com os elfos. Em resumo, tudo é feito com maestria e sem forçação de barra.

A segunda temporada de O Príncipe Dragão não decepciona e, além da evolução do que já tinha sido apresentado, abre portas para a expansão do seu universo e mitologia. Segue sendo uma das melhores animações do gênero vista pela minha pessoa. Agora só me resta esperar ansiosamente pela próxima temporada!