Assistimos: O Príncipe Dragão

Um mundo mágico com dragões, elfos, cavaleiros, magos, reis, etc… Esses certamente são elementos que você já viu em diversas histórias e em diversas mídias. Houve uma época em que eu passaria longe de qualquer produção do gênero, porém retornei a consumir histórias do tipo com fervor e cá estou para falar as minhas impressões sobre O Príncipe Dragão.

Mas antes, aquela sinopse de lei: “Os irmãos e príncipes humanos Callum e Ezran começam uma inesperada parceria com Rayla, uma elfa assassina enviada para matá-los. Trabalhando em conjunto, eles embarcam em uma jornada épica na busca de paz para seus reinos em guerra“.

Quem lê minhas resenhas por aqui, sabe como eu gosto de observar os personagens. A respeito desse ponto, a produção não deixa a desejar na construção tanto dos protagonistas quanto dos coadjuvantes. O quarteto principal Rayla, Callum, Ezran e Isca nos apresenta uma atmosfera conhecida dos RPGs, cada um representando uma grande virtude que vai sendo construída paralelamente à jornada. Os coadjuvantes e o antagonista também são muito bem construídos, agradáveis e bem colocados na história. Considero o grande acerto da produção! Todos soam muito familiares, mas também soam como novidade.

Outro ponto que muito me agradou, foi a narrativa da animação. Ela segue típica jornada “rpgística”: é repleta de perigos, construção de laços e autoconhecimento. Porém, há muitos alívios cômicos (creditados em grande parte à Isca) e aquele tom agradável de “Avatar: A Lenda de Aang” (vale lembrar que Aaron Ehasz assina a produção). Apesar de ter momentos mais pesados como tortura, magia negra, morte, etc. O roteiro trata tudo com muita leveza, deixando palatável para um público mais infantil. A narrativa faz com que os episódios fluem de uma forma tão gostosa que eu não senti o passar do tempo. É muito fácil de maratonar!

A única parte que não me agradou a princípio, foi a animação. Eu não tenho muito conhecimento técnico (mas tenho preguiça) para nomear a técnica utilizada na produção, porém o estilo de animação é um 3D que tenta parecer 2D, algo como alguns jogos da franquia “The Legend of Zelda“. Particularmente não é algo que me agrada, mas apesar certo estranhamento causado no começo, me acostumei rapidamente. No fim, achei suportável dado o conjunto da obra.

O Príncipe Dragão é uma das melhores animações do gênero que eu já vi! Mesmo com as minhas ressalvas sobre o estilo da animação, todo o restante é tecnicamente impecável! Estou muito ansioso pela próxima temporada e torcendo para que o seu universo seja bastante explorado. Se não assistiu, corre lá!