Assistimos: Bel-Air (Season 1)


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5
On 3 de junho de 2022
Last modified:3 de junho de 2022

Summary:

Desde quando foi anunciada, Bel-Air deu o que falar. Além de ser uma espécie de reboot de Um Maluco No Pedaço, a série não seguiria o gênero comédia, mas sim um drama. Responsável por boas lembranças com bordões que animavam as nossas tardes, a família Banks e seu sobrinho Will Smith, incluindo os hilários Geoffrey e Jazz, agora nos são apresentados com uma nova camada, literalmente. Assisti a primeira temporada e aqui estou para falar sobre. Partiu?!

Desde quando foi anunciada, Bel-Air deu o que falar. Além de ser uma espécie de reboot de Um Maluco No Pedaço, a série não seguiria o gênero comédia, mas sim um drama. Responsável por boas lembranças com bordões que animavam as nossas tardes, a família Banks e seu sobrinho Will Smith, incluindo os hilários Geoffrey e Jazz, agora nos são apresentados com uma nova camada, literalmente. Assisti a primeira temporada e aqui estou para falar sobre. Partiu?!

Mas, antes da primeira parada no paraíso, a sinopse:

Com produção executiva de Will Smith, “Bel-Air” reimagina a icônica comédia dos anos 90 “The Fresh Prince of Bel-Air” para uma nova era. Situado na América moderna, a série dramática de uma hora oferece uma nova e dramática visão da jornada de mudança de vida de Will, das ruas do oeste da Filadélfia às mansões fechadas de Bel-Air. Deixando para trás a única casa que ele já conheceu por uma segunda chance em um lugar desconhecido, Will vê sua vida virada de cabeça para baixo ao encontrar novos desafios e preconceitos em um mundo de riqueza e aspiração.

A primeira mudança que reparamos é no título da série. Convenhamos que, tanto na versão em inglês, como em português, não seriam nem um pouco compatível com a proposta do drama, que tem o ator Will Smith como um dos produtores. Bel-Air nos apresenta um roteiro dramático e muito bem trabalhado no que se propõe a ser: um reboot. Por mais que não seja aquela sitcon de comédia, de cenários fixos, como se fossem palcos, com plateia e tudo, no reboot são cenas externas, com mais de um cenário, que até poderiam existir na nossa mente em um episódio e outro de Um Maluco no Pedaço, assim como núcleos. É como se tudo que ficava no nosso imaginário por se tratarem de episódios de trinta minutos, fosse ampliado e exposto em Bel-Air, justamente para dar esse ar de realismo e seriedade do drama, sem deixar a essência de lado e sem precisar “desenhar” para o espectador quem é quem na série ou os motivos de determinada coisa acontecer.

E, por falar em essência e “quem é quem” na série, essa é uma das coisas que o roteirista e diretor Morgan Cooper fez com perfeição, na minha humilde opinião. Por mais que Bel-Air seja dramática, a essência dos personagens de Um Maluco no Pedaço estava toda ali e todos traziam consigo a bagagem realista dos dramas da vida pelos quais todos passam, independente da classe social a qual pertence ou é inserido. Por exemplo, na série temos o Will Smith (Jabari Banks) que usa o seu charme e graça para se adequar ao novo mundo; o Jazz (Jordan L. Jones) que curte seu som, todo se querendo pra cima da Hilary Banks (Coco Jones), que tá envolvida com essa coisa de ser famosa (agora nas redes sociais e não mais na TV), sem deixar de levar a sério o lance de buscar sua independência para sair de casa. E não posso deixar de mencionar o maravilhoso mordomo Geoffrey (Jimmy Akingbola), personagem que deram uma identidade perfeita para a proposta da nova série, assim como foi uma tirada genial da personalidade do Carlton, que além de não fazer a famosa dancinha de “It’s Not Unusual”, de Tom Jones, traz uma problemática pesada.

É claro que referências à série de origem não poderiam faltar nesse reboot. Sejam apelidos, nomes, situações, o espectador que amava Um Maluco no Pedaço vai lembrar. Além disso Bel-Air conta com participações especiais e easter-eggs com homenagens. Não posso falar muito, porque tiraria toda a experiência da série. Mas fica aí a dica para que você fique atento enquanto assiste.

Bel-Air foi uma série empolgante, em que todos os episódios me impulsionavam a querer assistir logo o próximo. Foi uma temporada muito prazerosa, a qual amei assistir, pois que levanta várias possibilidades de questionamentos, como: negar suas raízes, mudar sua essência; se visar a grande oportunidade de um futuro melhor é ser “comprado”; “passar pano” para o racismo e demais preconceitos sofridos, para ser aceito/visto por um grupo, descobrir-se sexualmente… Situações que geraram discussões na série e, por aqui, fora dela, também. Estou ansiosa pela segunda temporada e espero que nada do que tenha acontecido ao Will Smith, grande ator e, no caso, grande diretor desta série, interfira nas futuras produções e lançamento da série. Vamos aguardar os próximos capítulos, literalmente.

Nota 5