Escutamos: Hardwired… To Self-Destruct (Metallica)

Se passaram oito anos desde “Death Magnetic”, pois bem bangers, a espera acabou! Metallica nos trouxe o destruidor álbum duplo “Hardwired… To Self-Destruct” e hoje eu vou falar brevemente sobre as minhas primeiras impressões a respeito dele.

O disco começa com “Hardwired” dando uma bela porrada em nossas orelhas! O peso e a agilidade oitentista faz cena. Destaque especial para a bateria de Lars Ulrich, que mostrou um peso como não era visto há um certo tempo. Já em “Atlas, Rise!” James traz um vocal agressivo e direto, mostrando ainda todo o seu potencial; a faixa também é um show à parte para os amantes da guitarra: Riffs da “velha escola” e um solo maestral do Kirk Hammet. 
Logo em seguida temos a melódica “Now That We’re Dead”, aquela música que o ritmo te leva automaticamente ao headbanging.  Aumentando um pouco velocidade vem a já conhecida “Moth Into Flame”, uma faixa mais crua do que as anteriores, não que isso seja um problema, muito pelo contrário.
Estava saudoso da cadência dos caras? “Dream No More” vem cumprir muito bem esse papel, destaque para o vocal super arrastado do James; e fechando o disco com chave de ouro temos “Halo On Fire”, uma faixa melódica que não deixa o peso de lado, oscilando em perfeita harmonia entre os “humores”.
Iniciando o segundo disco temos “Confusion”, uma faixa mais simples que mantém a essência do início ao fim. Já em seguida temos “ManUNkind”, que eu achei um misto do antigo e do atual Metallica, uma faixa que começa suave e aos poucos vai mostrando sua imponência.
Digamos que “Here Comes Revenge” foi uma das faixas que eu menos gostei do álbum, não que ela seja ruim, mas ficou um sentimento de que ela poderia ir além. Só não achei mais estranha do que “Am I Savage?”, que parece tentar trazer (e se tentou, falhou) a sombriedade do Black Sabbath.
“Murder One” traz peso e os “yeahs” do James, uma faixa cadenciada de muita qualidade que abre as portas para a última faixa do disco: “Spit Out The Bone”, que assim como a faixa de abertura do disco um, nos dá uma bela porrada na orelha. Um gostinho do Metallica de antigamente.
(Ah, e vale lembrar que a versão deluxe contém um terceiro disco com 14 faixas de covers e lives)

Na minha opinião, “Hardwired… To Self-Destruct” é um dos melhores álbuns do ano. James e Lars se fazem destaques mostrando muita técnica durante todas as faixas (sem desmerecer o bom trabalho do Kirk nos solos e nas marcantes linhas de baixo do Trujillo). Agora só nos resta aguardar o próximo show deles em terras tupiniquins.