Assistimos: Tolkien

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5
On 3 de junho de 2019
Last modified:3 de junho de 2019

Summary:

Tolkien é responsável por alimentar imaginações ao redor do mundo, com seu universo repleto de personagens marcantes, idiomas, lendas, etc. Além de ser um dos maiores nomes da fantasia, teria o autor uma história fantástica de vida para nos contar? Pois bem, assisti a sua cinebiografia e cá estou para dar as minha impressões.

Mas antes, vamos à sinopse:

Sarehole Mill, Inglaterra. Após o falecimento de sua mãe quando ainda era criança, J.R.R. Tolkien  e seu irmão são entregues aos cuidados do padre Francis. Vivendo com o dinheiro contado e precisando ajudar na casa em que vive, Tolkien faz amizade na escola com um grupo de jovens, que logo formam uma irmandade. Juntos, eles incentivam uns aos outros para que tenham a coragem necessária de realizar seus sonhos. Fascinado por línguas, Tolkien aos poucos desenvolve uma criada por ele mesmo, que usa como base para a criação do universo fantástico situado na Terra Média.

Diferente de outras cinebiografias, nessa não há grandes ou espetaculares acontecimentos. O longa mostra como a vida de Tolkien era típica de alguém da sua época. Porém, como toda vida comum, há perdas, frustrações, medos, amores, companheirismo, etc. E são desses momentos singelos (ou não) que começamos a ver as fontes das inspirações do autor. É fantástico ver como a genialidade de Tolkien operava com a sua realidade.

Outro aspecto incrível do filme são os diálogos acerca de linguagem e literatura. Em vários momentos do longa, a narrativa aborda a paixão de Tolkien por idiomas/histórias e como isso influenciou e trilhou a sua vida como um todo. As conversas com seus amigos, amor e professor, me emocionaram diversas vezes.

Mas na minha opinião, o grande acerto fica por conta da produção técnica do longa. Para tratar do imaginário de Tolkien, a produção não poupou recursos semióticos! Enquanto assistia os acontecimentos da vida do autor, recebia inúmeras referências da sua obra. Algumas mais diretas, outras de forma extremamente poética.

Com uma narrativa lenta e bem resumida sobre a vida do autor, Tolkien entrega um filme belo e inspirador. Após assisti-lo, fiquei refletindo como as coisas simples da vida nos moldam e podem transformar o nosso destino positivamente (o mesmo vale para as grandes tragédias). Se antes eu admirava o senhor da fantasia, hoje sou mais fã do que ontem.