Assistimos: Morbius

Morbius é o mais novo vilão do Homem-Aranha com um filme solo chegando nos cinemas. Produzido pela Sony e dirigido por Daniel Espinosa, o filme estrelado por Jared Leto foi tachado nas redes/ mídias como um fracasso previamente anunciado, antes mesmo de ser ter maiores detalhes, como um trailer, por exemplo. Mas, independente dos comentários negativos, sempre bate aquela curiosidade e fazer aquilo que sempre falo por aqui: vá assistir/ ler e tire suas próprias conclusões. Feito isso, agora estou aqui para falar das minhas impressões sobre o filme do vampirão antagonista da Marvel. Bora?!

Mas antes da primeira morcegada, a sinopse:

Um dos personagens mais interessantes e conflituosos da Marvel chega à tela grande com o vencedor do Oscar Jared Leto se transformando no enigmático anti-herói Michael Morbius. Gravemente adoecido com um raro distúrbio sanguíneo e determinado a salvar outros que sofrem do mesmo destino, o Dr. Morbius arrisca tudo numa aposta desesperada. E embora a princípio tudo pareça um sucesso absoluto, surge uma escuridão que se desencadeia dentro dele. O bem superará o mal – ou Morbius sucumbirá aos seus novos e misteriosos desejos?

Este é mais um filme com a fórmula Sony: um bom moço ganha estranhos poderes, capazes de causar certa periculosidade, mas isso faz com que ele trave uma luta interna, a fim de conter esses poderes e não acarretar danos aos seus e/ou à sociedade. É perceptível a tentativa de fazer com que Michael Morbius (Jared Leto) não seja um vilão em sua totalidade, por mais que ele o seja em sua essência. O que se vê é a tentativa da Sony de escalar atores galãs para interpretar vilões, mas que, ao mesmo tempo, querem que estes não tenham cem por cento de veneno em suas veias, usando um relacionamento amoroso conturbado/ impossível, devido aos super poderes, pra deixá-l0s como antagonistas e não como vilões.

A primeira meia hora de filme é boa, de forma que o espectador começa a crer que terá de fato uma opinião diferente de outras pessoas. Inicialmente, o filme te prende e você chega a pensar que será um filme até meio pesado e tal. Mas aí, ele fica estagnado assim que acontece a transformação e, do nada (essa foi a impressão que tive), o foco muda pra outras questões que, ao meu ver, são pequenas perto da necessária evolução de Morbius. Partiu-se para um embate, que até seria legal, se tivesse uma motivação menos, digamos, birrenta.

O que ficou parecendo é que isso se deu, devido à quantidade reduzida de personagens relevantes no filme. Os mais relevantes, além dos policiais, são Martine Bancroft (Adria Arjona) eMilo (Matt Smith). A primeira é uma colega de trabalho de Michael Morbius, que esteve presente na primeira aparição do cientista já transformado e o segundo, é um amigo de infância dele, com o qual compartilhava das mesmas situações de exclusão social e tentativas de busca pela cura de suas doenças.

Mas que fique claro: Jared Leto é um baita ator. O fracasso vem mesmo da condução do filme. A atuação me lembrou (o pouco que sei) da história O Médico e o Monstro. Os demais atores, é claro, têm o seu mérito e esforço, pois é nítido que, se tivesse um roteiro e um direcionamento melhor, o filme não seria de todo ruim. Pensei até em dar a mesma nota do parceiro antagônico, Venom. Mas Morbius é um filme que não sabe pra onde vai. Acho, que inclusive, sei sim para onde ele irá: para a ala do esquecimento do MCU.