Enola Holmes é um filme de 2020, produzido pela Netflix, adaptado do livro Os Mistérios de Enola Holmes, de Nancy Springer. que envolve mistério (é claro) e crimes, que traz Millie Bobby Brown (a Eleven de Stranger Things) como protagonista. Vou confessar que pensei até que se tratava de uma série, mas não sei explicar o motivo pelo qual eu tinha guardado essa ideia comigo, até esta semana, quando resolvi assistir e, “ora, ora!”, era um filme. Então, né, aqui estou para falar das minhas impressões sobre o mesmo. Siga-me!
Mas, antes da primeira pista do mistério, a sinopse:
Enola Holmes só tem 16 anos, mas vai fazer de tudo para encontrar a mãe desaparecida, inclusive despistar o irmão Sherlock e ajudar um jovem lorde fugitivo.
Enola Holmes é um filme voltado para o público adolescente, onde mostra uma jovem destemida, que foge de seu irmão e tutor Mycroft Holmes, já que sua mãe, Eudoria simplesmente desapareceu. Mycroft queria colocar a irmã numa escola para mulheres, afim de que a mesma aprendesse a “se comportar como uma dama deveria ser na sociedade”, desenvolvendo “atributos femininos” que não foram passados por sua mãe, tipo, algo que a faça arranjar um bom marido. Nesta fuga, ela tenta encontrar a mãe, despistar Sherlock e ajudar um lorde também fugitivo da família.
Apesar do sobrenome de peso, a história tem o foco na personagem que dá nome ao título. Enola Holmes (Millie Bobby Brown) é ensinada a não depender/ não ser submissa aos homens. Criada pela mãe Eudoria Holmes (Helena Bonham Carter), Enola demonstra ter mais simpatia por seu irmão Sherlock (Henry Cavill), que é “classudo”, sério, sem as firulas que inventam para que o mesmo venha a ser um personagem mais “cativante” ao espectador que não o conheça. Assim como Mycroft (Sam Claflin), que é firme, frio e direto.
Mesmo se tratando de bons atores, não fui muito fã do recurso da “quebra da quarta parede” do filme, pois ela faz com que o espectador seja um bobo, que tem que ser avisado a todo momento do que a personagens está pensando ou irá fazer. É uma Fleabag muito mal executada, não funcionou mesmo e, por vezes, até deixava a cena chata. Creio que até se deixasse esse recurso pra lá, o filme não ficaria maçante.
A estética, ainda bem, não teve nada digamos destoante, com a intenção de atrair o público foco, o que geralmente acontece nos filmes. Em Enola Holmes, a ambientação se apropria mais da luz do dia e em ambientes abertos, campestres. O tom só diminui quando há cenas em ambientes interno e se torna mais sombrio no ápice do filme. Tem um figurino de acordo com a época retratada e, inclusive, há destaque no filme justamente para a estrutura do figurino feminino, de uma forma cômica.
Enola Holmes é um bom filme. Entretém bastante no início, mas quando chega no meio, fica um pouquinho cansativo. Mas nada que atrapalhe o desenrolar da história, que é interessante, principalmente para o público jovem, que é o alvo neste caso, trazendo boas reflexões. É um filme que traz até uma questão interessante: que tal um filme solo do Henry Cavill como Sherlock Holmes? Fica a dica aí, hein, Netflix!
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…