Jogamos: Comix Zone

Imagina só: “Você é Sketch Turner, um cartunista de Nova York passando por um perrengue daqueles, começa a ter uns sonhos meio loucos com invasão alienígena e resolve usar isso como inspiração para o seu novo quadrinho. Aí, em uma bela noite começa uma tempestade, um raio cai na sua mesa de desenho fazendo com que um mutante cheio de ódio chamado Mortus saia de dentro do quadrinho e te prenda na sua própria história. Seus planos? Te matar para que ele possa ficar definitivamente no mundo real e assim dominá-lo”. Esse é Comix Zone, um jogo icônico do Mega Drive (Genesis) lançado em 1995.

Demorei muito para conhecer este jogo, sempre fui “Nintendista” e nunca tive sequer um console da Sega. Meu contato com o Mega Drive era só na casa de amigos e para jogar Sonic. Comix Zone só foi jogado por minha pessoa depois de muitos anos, através dos emuladores e semana passada bateu uma saudade e resolvi rejogá-lo.

O jogo é do gênero “Beat ‘em up“, mas diferente de outros do gênero da época, ele oferece caminhos alternativos nas fases (nada de ficar apenas andando pra frente) e alguns quebra-cabeças (meio fáceis, mas ok). Ele possui bom nível de dificuldade e se você morrer, sinto muito, é new game
A arte é muito, mas muito bonita, o seu personagem realmente está dentro dos quadrinhos: Ele salta de um quadro para o outro, fala através de balões, tem as onomatopéias, tira sarro dos inimigos dizendo que ele os criou, ect. 
Quanto a jogabilidade, ela é criticada por algumas pessoas, mas até que eu não acho tão ruim, na minha opinião existem títulos bem piores no Mega. O único ponto que realmente me incomoda é a trilha sonora, a tentativa de trazer o rock noventista até que foi legal, mas depois de um tempo me incomodou bastante.
Mortus desenhando um “presente” para Sketch

Acompanhado da arte sensacional, está o enredo que é muito bem construído. Como já foi dito na apresentação, o vilão Mortus te coloca dentro do quadrinho com o objetivo de te matar, mas você não está sozinho nessa: Você tem como aliados a sua ratazana Roadkill e a general Alissa Cyan, que diz por aí que você é o escolhido (Matrix?) para salvar aquele mundo pós-apocalíptico. Sendo bem vago para não dar spoilers, na fase final a general está correndo perigo enquanto você luta com Mortus. Se você derrotá-lo a tempo de salvá-la, tem o final legal, mas se ela morrer antes dele ser derrotado, tem o final tristinho. Esse fato de ter dois finais é um ponto sensacional do jogo.

Se você é amante tanto de quadrinhos, quanto de games e estiver afim de passar um pouco de raiva (hahaha), esse clássico da Sega é o jogo ideal para você. Mas se você já o conhece, acredito que o espírito de nostalgia bateu forte aí e deu vontade de jogar, certo?