Primeiras Impressões: The Walking Dead (Season 8)

Já estamos quase no terceiro episódio da nova temporada de The Walking Dead, mas nunca é tarde demais para falar sobre as nossas primeiras impressões, certo? Pois bem, depois de uma temporada que prometia ser uma das melhores (ou não, vai que eram só as minhas espectativas), Rick e os demais sobreviventes retornam em Mercy para resolver as tretas com os salvadores. Sem mais delongas, falarei sobre este retorno.

O começo desta temporada segue muito bem o ritmo do último episódio da temporada anterior: “Vamos chutar o traseiro de Negan e seus capangas!”. Vemos a união dos três grupos muito bem estabelecida e com planos táticos que tem muito êxito nas execuções. O tom de ação não decepciona em momento algum, porém, entretanto, contudo e todavia, algumas cenas fizeram parecer que nossos experientes sobreviventes começaram ontem no apocalipse zumbi. Vou tentar o máximo possível falar sem spoilers (depois de quase três semanas já venceu o prazo, né? Mas enfim, se ainda não assistiu, pare por aqui). Vamos por tópicos:

– Mil tiros, bixo.

Eu não tenho muita propriedade para falar sobre o quadrinho, isso é com a Bel. Porém, eu tô ligado que a essa altura uma das problemáticas era a falta de munição e o racionamento das mesmas, aliás, isso também acontece na última temporada. Mas nesse episódio não tem esse caô não, é tiro desperdiçado de grátis! Destoando completamente do ar tático dos nossos heróis. “Ah, Joe, mas eles acharam um milhão e duzentos trilhões de munição na outra temporada!”. Sim, mas essa bagaça não é infinita, cadê a estratégia do esquadrão zumbicida?

Ainda nos tiros: Todo mundo virou stormtrooper, porque é alvo sendo errado o tempo todo! Onde estão os caras que acertavam tiros a mil quilômetros de distância? Nem uma tirêta de raspão, produção? Isso só vale se for pra zumbi?

– Puq fas içu Nigã?

Esse boca suja tá muito doido ou muito convencido, porque o cara sai de peito aberto e com meia dúzia de gente pra conversar com um bando de gente armada. Em um mundo pós-apocalíptico (se pá até no de hoje) ele tomaria um tiro bonitaço dos seres que querem vingança, mas em The Walking Dead não pode acabar a temporada no primeiro episódio, né? Mesmo seu rival desgracento bancando o amador.

E outra, parece que de uma hora pra outra aquele bonde todo do Negan sumiu! Meia dúzia de candango nos postos avançados e até na entrada do santuário. Espero de coração que isso seja uma estratégia bem perversa do nosso esmagador de crânios, porque se não for, vai ser completamente incoerente com o último episódio da temporada anterior.

– Miiiiisericórdia!

Morgan e Carol deixam de palhaçada e resolvem largar o aço! Amém! Mas o resto da galerinha tá meio “Ah, tão cercado. Se rende aê, bro”.

Destaque especial para o misericordioso Padre Gabriel (esse personagem que só me faz passar raiva), só nesse episódio ele dá um vacilão daqueles e ainda uma arregada que “arghhhhh”!

O título do episódio dá justamente esse tom de que a tal misericórdia, apesar de ser um gesto lindo de Cristo, pode te ferrar em um mundo sem leis.

Mas parem com esse rolê aê galera, isso é guerra!

– Tá ruim, mas tá bom, Joe…


Esse não foi um começo primoroso de temporada, mas ainda sim foi “ok”. Gostei muito das referências ao começo da série e da ação (mesmo tendo um milhão de blábláblás). Esse meu texto está bem crítico, porque sim, estou “full putasso” com esse desenrolar da série que nunca muda o estilo (e mesmo assim continuo assistindo… Masoquismo?). Que esse clima de esperança que circula nos corações das personagens entre no meu coração também: Quero acreditar que vai melhorar!