Em minhas leituras sobre oráculos, ouvi falar a respeito do I Ching. A citação sobre o oráculo chinês surgiu com um exemplo: o escritor Philip K. Dick o fez presente durante toda a narrativa do livro “O Homem do Castelo Alto“, e mais, o utilizou para decidir os caminhos da trama. Fiquei bastante curioso quanto a isso e então descobri tardiamente sobre a série, nosso assunto de hoje.
Mas antes da divinação, sinopse:
Baseado no romance premiado de Philip K. Dick e com produção executiva de Ridley Scott (Blade Runner) e Frank Spotnitz (The X-Files), The Man in the High Castle explora o que teria acontecido se os Aliados tivessem perdido a Segunda Guerra e o Japão e a Alemanha tivessem tomado os Estados Unidos. Estrelando Rufus Sewell (John Adams), Luke Kleintank (Pretty Little Liars) e Alexa Davalos (Mob City).
Deixando de lado o oráculo (perdão se você chegou até aqui por causa disso), levanto como primeiro ponto os cenários da série. Nova York e São Francisco são redesenhadas para dar vida à situação proposta, sendo a primeira ganhando a cara dos germânicos e a segunda ganhando a cara dos nipônicos. Apesar dos símbolos de cada nação estarem presentes por todo lado, achei tudo feito de forma muito natural. Sinceramente esperava algo mais cartunesco.
Também esperava esse ar cartunesco nos personagens, porém mais uma vez fui felizmente surpreendido. Não há aqueles exageros e sotaques forçados nos vilões. Pela primeira vez vejo uma representação de nazistas agindo como pessoas normais. Desgraçadas, mas normais.
Ainda sobre os personagens, achei os protagonistas insossos… Porém, só vi três episódios até agora. Ao que me parece, querem mostrar como eles estão perdidos diante à situação de encontrar os filmes do Homem do Castelo Alto. Se for esse objetivo, parabéns! Se não for, me desejem força para prosseguir.
Falando nos filmes, até então eles são a grande problemática da trama. Os nazistas não querem que ninguém veja uma versão diferente do final da Segunda Guerra (no caso a nossa). Porém, essa não é a única treta que vai se formando, porque Alemanha e Japão andam se estranhando. Parece que vai rolar algo parecido com a Guerra Fria do nosso mundo.
Ao construir uma realidade paralela a nossa, O Homem do Castelo Alto cria uma atmosfera densa através de sua fotografia e cenários. Tratando temas como repressão, violência de estado, resistência e até a apatia dos habitantes, dialoga bem com o mundo de hoje. Assim que eu terminar, volto aqui e falo da série como um todo (já que eu estou super atrasado). Se você ainda não viu, aproveita que o Amazon Prime tá baratinho!
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.