Sabe quando você assiste um trailer de uma série, gosta, se identifica e até diz para si mesmo que irá assistir quando estrear, mas acaba esquecendo? Não por ela não ter sido tão importante assim, ou então, que as outras assistidas antes dela, sejam melhores. Até porque, a série está o tempo todo na sua cabeça e ainda não ouviu alguém dizer que é ruim. O fato é que me dei conta de que precisava de tempo para me dedicar à assisti-la.
E foi assim com Insecure. O trailer me conquistou, nas antes disso, o título da série mexeu muito comigo. Sou uma pessoa muito insegura quanto às minhas decisões. Não que deixo de fazer algo, mas a incerteza que a mudança, que o novo me traz, me impede de dar uma passo à frente, de tentar. Até mesmo quando “o novo” chega assim, de repente, sem que eu o tenha buscado ou almejado (Gente… Espero que você esteja me compreendendo…).
A cede de mudança é o que acontece agora na vida da personagem Issa, vivida por Issa Rae. Ao assistir apenas o primeiro episódio, a personagem já nos passa muitas das suas inseguranças: trabalho, lidar com a verdade, relacionamento (a dois e amizades), expor opiniões, tomar a iniciativa para algo… Tudo isso no seu aniversário de 29 anos.
Em contraponto, está sua amiga, Molly, vivida por Yvonne Orji, uma advogada de sucesso, que consegue ser autoconfiante, que socializa bem com qualquer pessoa ou em qualquer ambiente, que persiste nos seus objetivos e os alcança, mas que tem um grande dificuldade de manter relacionamentos duradouros.
Insecure é uma série adulta e, posso dizer, de comédia com drama, visto que Issa mostra um cotidiano que, na maior parte, se mostra pesado por sua insegurança, mas que tenta passar o dia de uma forma “bem humorada”. Eu gostei dessa dosagem balanceada e já me apeguei aos personagens.
O elenco é constituído, em sua maioria, por atores negros. Li em algumas críticas (de 2016, estreia da série), que talvez isso viria a ser prejudicial para o futifuda série, qunto à audiência, que poderia ser bem baixa, por acharem que a série é destinada APENAS para os negros, o que discordo. Insecure transmite dramas vividos por todos, não se fixando apenas (porque tem sim) em questões raciais. São situações que podem ser vividas por qualquer mulher ou homem. Este último, também é bem representado na série, sem que seja deixado de lado seus dramas, o que impede que Insecure possa ser sexista, do tipo que enaltece um sexo, em detrimento do outro.
Se vou continuar assistindo?! Pode ter certeza que sim! Até porque, faz tempo que não assisto séries sem ser de super-heróis ou zumbis. Depois que eu terminar a primeira temporada (composta por 8 episódios de, mais ou menos, 30 minutos cada), voltarei aqui para dizer se Insecure me dar a segurança de prosseguir para uma segunda temporada.
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…