Durante alguns domingos, vi a chamada de Chernobyl nos minutos que antecediam Game of Thrones. A primeira impressão que passava, é que era uma série muito bem feita, mas isso não é o suficiente para que eu veja produções baseadas em incidentes (não é meu gênero favorito), porém me deixava no mínimo curioso. Na minha bolha, muito se falou sobre a série, logo a curiosidade aumentou e cá estou para falar as minhas primeiras impressões.
Mas antes, sinopse:
Ucrânia, 1986. Uma explosão seguida de um incêndio na Usina Nuclear de Chernobyl dizima dezenas de pessoas e acaba por se tornar o maior desastre nuclear da história. Enquanto o mundo lamenta o ocorrido, o cientista Valery Legasov, a física Ulana Khomyuk e o vice-presidente do Conselho de Ministros Boris Shcherbina tentam descobrir as causas do acidente.
A série se inicia no segundo aniversário do incidente, onde vemos um homem gravando o seu depoimento sobre o ocorrido. Enquanto discorre sobre de quem seria a responsabilidade, o personagem coloca as primeiras dúvidas no espectador. Então a narrativa volta no tempo para nos levar a essa resposta (especulando, porque ainda não assisti o final).
O início da série aborda o pânico da equipe técnica que estava na usina. É impressionante como os recursos de “terror” são utilizados na narrativa. Dá pra sentir o desespero dos envolvidos, porque a produção foi cuidadosa na construção das imagens e no uso dos efeitos sonoros.
O interessante é que essas cenas caóticas começam a abrir espaço para uma reflexão política, onde o discurso científico e ideológico se encontram em discussões sobre o que fazer diante àquilo tudo. O criador da série deixa o seu posicionamento bem visível e não poupa em dar um “soco” direto no regime soviético.
Além de apresentar os cientistas e camaradas, a narrativa traz algumas subtramas. Particularmente, achei bem legal esse olhar sobre as vítimas e suas histórias, que praticamente trazem o mesmo tom da trama principal (cegueira x olhar crítico). No que tange ao aspecto técnico, são essas subtramas que entregam os momentos mais bonitos da produção, como se fossem a representação da inocência daquelas pessoas diante do ocorrido.
Chernobyl tem um início praticamente impecável e tem tudo para ser o grande nome das próximas premiações. Gostaria de falar mais sobre os três episódios que assisti, mas vou esperar pelos dois últimos, porque aí eu volto aqui e dou meu parecer (dispensável) sobre a série como um todo.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.