Demorei para me recuperar e, enfim, escrever essa resenha. Juro que vou tentar não transformá-la num desabafo, até porque não é essa a nossa intenção, quanto a este site. Tá, pode ser que seja um pouco, mas This Is Us (Season 1) mexeu comigo, mexeu mesmo, de verdade. Acredito que, no texto das primeiras impressões eu tenha falado um pouco a respeito, justamente pelo fato de não poder assistir pelo celular, nas minhas longas viagens entre a casa e o trabalho. Eu chorava e era difícil controlar.
Mas eu não consegui me controlar e continuei assistindo, pouco a pouco. Só que ontem, quinta-feira, eu assisti o décimo segundo episódio, chamado “O Grande Dia” e chorei de novo, porém não como das outras vezes. Senti que foi mais intenso e eu pensei: “Para, Izabel. Amanhã você assistirá essa série todinha em casa”. Foi o que fiz, horas antes de conseguir escrever esse texto. Difícil, muito difícil, mas aqui estou para contar-lhe sobre a primeira tempo(r)rada dessa série.
Vamos dar uma “recaptulada” na sinopse:
This Is Us acompanha os irmãos Kate, Kevin e Randall, nascidos na mesma data, enquanto suas vidas se entrelaçam. Kate (Chrissy Metz) e Kevin (Justin Hartley) são os filhos biológicos de Jack (Milo Ventimiglia) e Rebecca (Mandy Moore), enquanto Randall (Sterling K. Brown) foi adotado pelo casal após eles terem perdido o terceiro filho da gravidez de trigêmeos durante o parto. A série apresenta a história da família em épocas diferentes, alternando entre o presente e a infância dos três irmãos.
Eu disse, no segundo parágrafo que finalizei a primeira temporada, horas antes de escrever esse texto. Na verdade, isso aconteceu, porque foi a tempo(r)rada que acabou comigo. Precisei de mais de duas horas para me recuperar para, enfim, escrever. Fiz muitíssimo bem em assistir a partir do décimo terceiro episódio em casa, pois deste em diante, eu assisti chorando. Sim, fiquei mais de três horas assistindo This Is Us (Season 1) com lágrimas nos olhos. Essa obra me tocou de uma forma que, no fim das contas, depois de uma choradeira pesada, ao invés de pensar na mesma como a série que fala dos trigêmeos, ou dos três irmãos ou melhor ainda, dos “três grandes”, eu consigo resumir, pelo menos essa temporada, com uma palavra, de três letras: pai.
Sim, This Is Us (Season 1) mostra o drama do casal que perdeu um dos seus trigêmeos, eles decidem adotar uma criança e a série perpassa por todas as fases deles, da infância à vida adulta, com todas as cargas que vão adquirindo nesse caminho. Mas, na minha opinião, essa temporada foi dos pais. A começar por Jack Pierson, pai dos “três grandes”. Difícil descrevê-lo. Não sei se existe um homem tão paciente assim. Paciência, respeito, mas também persistência o define. Ah e, é claro, o amor, sentimento este que ele não teve do próprio pai e o não viu ter com a mãe. Ok, esse já é um outro destaque de pai, o negativo, que é arrogante, agressivo, machista… Mas enfim, achei necessário mostrar, pois nem tudo é um mar de rosas” e, as mesmas contém espinhos. De qualquer forma, estes últimos “ensinaram” a Jack não ser igual ao pai. Acontece… E o que falar sem spoilers de William Hill, pai biológico de Randall, um sujeito bondoso, talentoso e nunca se vangloriou do talento que carregava, mas suportou e esperou muito.
O próprio Randall é um cara justo, sem rancor e, como a Rebecca, sua mãe disse ao Jack: “O Randall já nasceu bondoso. Ele é um ótimo garoto.”. E tem também o doutor Nathan, que realizou o parto dos gêmeos e, na minha opinião, fez o papel de pai para o Jack, no momento em que ele mais precisou. Sem contar que o último episódio que assisti na rua, pelo celular, também teve muito foco na vida desse médico e foi, justamente, pelas cenas dele que decidi assistir a série em casa.
Cada episódio dessa série é muito tocante, mas quando eu disse no parágrafo anterior que “pai” é a palavra que define essa temporada, pode ser que tenha sido por algo particular. Ou não, até porque, eu não li a respeito da série e essas são minhas conclusões sobre a mesma. Mas ali, em todos aqueles homens, vi um pouco do meu pai em cada um deles, principalmente, depois de assistir “Memphis”, o décimo sexto episódio. Não posso dizer muito, mas foi ali que vi Randall realizar sonhos que, de certa forma, seriam os meus. Foi nesse episódio que eu precisei parar e respirar fundo, apesar de não ter ninguém em casa no momento para segurar a minha cabeça e eu olhar nos olhos… Só assistindo, meu caro leitor e, quem já assistiu, sabe do que estou falando. Foi uma porrada e tanto, tive que me recompor para assistir os dois últimos, que também foram sensacionais e, sim, eu chorei mais. Foram cinco episódios com lágrimas incessantes.
Será que isso tudo pode ser por conta de setembro, um mês de conquistas e perdas (a tão sonhada convocação para um concurso público e o falecimento do meu pai) para mim? Não sei… Talvez não, porque, só agora, que olhei para a hora e a data no notebook, é que percebi que o dia 30 (dia em que ele faleceu) tá se aproximando… Sério, nem lembrei, durante esse mês. Mas, só por curiosidade ou bobeira mesmo, abri uma aba aqui e vi que as primeiras impressões da série foram publicadas no dia 23 (convocação do concurso). Só mais uma coisa: ao terminar a temporada, meu sogro assobiava “The Sound Of Silence”, andando pelo quintal. Eu sei, parece engraçado, mas eu, com a casa fechada, e ele sozinho lá fora, lembrei do que o William Hill disse: “Abra todas as janelas, Randall.”. E sim, eu preciso fazer isso. Eu tentei fazer com que esse texto não fosse um desabafo, mas falhei miseravelmente, né?!
This Is Us (Season 1) me fez pensar sobre muita coisa. É uma série que mexe muito com o telespectador. Recomendo que assista, pois é uma reflexão sobre a simplicidade e, ao mesmo tempo, a complicação do amar alguém. Não sei se as próximas temporadas serão como essa ou mais fortes, mas é uma temporada maravilhosa e você deve assistir. Não perca tempo.
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…