Lembro da época que começaram a me indicar Stranger Things: muita gente não sabia explicar bem a trama e dizia “cara, tem muita referência”. Peguei carona no hype e gostei muito! Quanto a segunda temporada, nem tanto… Motivo que me fez não estar tão empolgado para essa de agora, porém resolvi assistir e cá estou para falar sobre.
Vamos ver a sinopse antes?
É verão em Hawkins. De férias da escola, Eleven, Mike, Dustin, Lucas, Will e Max aproveitam as novidades do recém inaugurado shopping da cidade, enquanto experienciam situações típicas da adolescência que colocam a prova a amizade do grupo. Mas quando a cidade volta a ser ameaçada por inimigos novos e antigos, eles precisam lembrar que a união é mais forte que o medo.
Confesso que ao assistir o primeiro episódio, tive um leve desânimo, porque inicialmente a estrutura narrativa se mostrava repetitiva. Imaginei que assim como as temporadas anteriores, teríamos referências que nada agregam a história e mais nostalgia por nostalgia, recurso já batido na trama.
Entretanto, com o passar dos três primeiros episódios, notei que a trama optou por uma abordagem diferente. Houve todo um arco sobre amadurecimento (não só com as crianças) que adicionou questões interessantes à narrativa, que ainda segue com a repetição que me incomoda, mas por conta desse “adicional”, não soou mais do mesmo.
Outro aspecto que tornou essa temporada superior a anterior é que não houve a necessidade de explicar o universo: quase tudo que nos é apresentado, já foi dado. O resultado é que a trama foi mais contida, teve mais foco e foi muito melhor resolvida.
Mas se você é mais legal em festas do que eu, a nostalgia que tanto agrada o público segue firme e forte. Músicas, figurinos, filmes, etc… Vou ressaltar aqui as que eu achei mais divertidas: os antagonistas, sejam eles os militares russos da guerra fria, o assassino estilo exterminador do futuro ou até como age o Devorador de Mentes.
Sem dispensar os clichês que tanto agradam, mas focando em uma nostalgia mais emocional, Stranger Things entrega uma terceira temporada bastante superior e com um desfecho que seria um final perfeito. Ao que tudo indica, teremos mais uma temporada, sendo assim, que siga amadurecendo e seja tão boa quanto esta.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.