Vou ser bem sincero com vocês, eu sou aquele velho chato que quando alguma produção se torna um sucesso repentino, eu demoro muito a assistir. Provavelmente eu faria isso com Round 6. Porém, o Felipe Castilho fez uma watch party com os assinantes do seu Catarse (que recomendo demais, inclusive) e eu peguei carona com a galera. Agora que assisti tudo, cá estou para comentar sobre. Bora comigo?
Batatinha frita 1, 2… Sinopse!:
Centenas de jogadores falidos aceitam um estranho convite para um jogo de sobrevivência. Um prêmio milionário aguarda, mas as apostas são altas e mortais.
De modo geral, tem algo nas produções asiáticas que me incomoda um pouco. Parece que toda vez que é preciso colocar humor, as atuações são muito caricatas. Como o protagonista Seong Gi-Hun é uma espécie de malandro/vagabundo, o primeiro episódio tem muito dessa interpretação. Entretanto, com o passar do tempo, isso muda de figura e a atuação de Jung-jae Lee é espetacular nessa virada de chave.
Quanto a premissa da série, não é realmente original. Já vimos algo parecido em Jogos Vorazes e Jogos Mortais. A nível de comparação, Round 6 estaria entre estes, porque não é tão aventuresco quanto o primeiro e nem tão violento quanto o segundo. Contudo, senti que a produção tem uma espécie de identidade própria em seu battle royale. Na minha opinião, isso se deu no diálogo feito entre o lúdico e a violência.
Se você me perguntar sobre a mensagem, vou dizer que é bem direta. Só de ler a sinopse, você pega a essência da coisa. Essa fácil assimilação da proposta também é presente no roteiro. O que isso significa? Olha, é muito tranquilo você captar todas as reviravoltas da trama. Talvez esta seja a única coisa que eu achei realmente ruim, porque, praticamente, não tive surpresa alguma.
Por fim, quero destacar como gostei da forma que a série trabalha com as cores. Sabe aquele diálogo entre lúdico e a violência que falei ainda há pouco? Então, ele se faz presente nas paletas de cores do cenário. Quanto o assunto é dinheiro, surgem outros tons. Não sou lá muito entendido no assunto e posso estar viajando, mas que pra mim faz sentido, faz. E nessa lógica a produção fez bonito.
De modo geral, Round 6 é uma série simples, mas com capacidade de prender o espectador. Talvez eu tenha essa impressão por ter gostado muito mais do clima de tensão dos jogos do que da história em si. Definitivamente, não vai ser a produção mais incrível que você já assistiu, mas vale a pena conferir. Diversão direta e reta, como vez ou outra precisamos.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.