Tivemos a estreia de Reality Z na última semana! Se você está por fora, a nova série original Netflix é uma versão brasileira de Dead Set. Como a adaptação tupiniquim nos mostra um apocalipse zumbi no Rio de Janeiro, fiquei interessado na proposta, assisti e cá estou para falar as minhas impressões. Vem comigo?
Mas antes, vamos à sinopse:
O Rio de Janeiro está sob um ataque zumbi, e os participantes de um reality show buscam abrigo em um estúdio de TV. Mal sabem eles o que os espera lá dentro.
Confesso que o primeiro contato com a série não é nada animador… Logo de cara somos apresentados a um reality show para lá de tosco, onde os participantes precisam ficar o tempo todo fantasiados de deuses gregos (???). A partir deste conceito bizarro, somos apresentados aos personagens e aí começaram outros “problemas”…
Digo isto, porque é tudo muito caricato. Apesar das atuações serem satisfatórias, aconteceu uma forçação de barra intensa no que diz respeitos aos arquétipos. Por exemplo, o diretor do programa se mostra um cara arrogante. Logo a narrativa externaliza essa característica ao extremo. Isso se repete com a personagem boba, com o inseguro e por aí vai… Aí quando a trama resolve amadurecer alguém, acontece de uma cena para outra.
Quanto ao roteiro em si, é o que eu realmente esperava. Como toda série de zumbi, é sangue, correria e gente tomando decisões imbecis. Dá para identificar muitas referências às grandes produções do gênero. Os personagens tomam algumas estratégias que são idênticas às de TWD, inclusive.
Porém, nem tudo é ruim. Achei a parte técnica da séria muito boa. Foi o que me prendeu, inclusive. Gostei muito dos jogos de câmeras, montagens das cenas, movimentação dos atores, etc… Além disso, a maquiagem dos zumbis e a imagem caótica do Rio de Janeiro em meio ao apocalipse, foi muito legal.
Se eu fosse definir a série em uma palavra, seria trash! Se tratando de uma produção de zumbis, isso pode ser bom ou ruim. No caso de Reality Z, eu diria que foi regular. Dá pra assistir em dias de exigências menores com o entretenimento. Um ponto interessante é que a trama fica aberta para uma próxima temporada. Fico me perguntando se ela vai acontecer.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.