Com muitos golpes, concentração de chi, meditação, filosofia oriental e um pouco de bipolaridade; o Defensor que faltava chega à Netflix. Como esse serviço é lindo e disponibiliza tudo, cá fizemos uma maratona e vamos falar o que achamos do mais novo herói urbano da Marvel que nos é apresentado nas telinhas.
A série conta a história de Danny Rand, um garoto que sofre um acidente aéreo com sua família e acaba sendo o único sobrevivente. Nas gélidas montanhas dos Himalaias, Danny é resgatado por monges e treinado para ser o Punho de Ferro, cuja missão é proteger K’un-Lun do Tentáculo. Quinze anos depois dessa treta toda, Danny retorna à Nova York querendo encontrar sua antiga vida, mas nem tudo vai ser tão simples quanto ele imagina… Danny se vê em uma jornada de dificuldades e autoconhecimento (e muita porrada), onde terá que refletir a cerca de seu destino.
A crítica especializada tem sido a maior inimiga do Punho de Ferro. Os caras estão batendo em Danny e companhia sem dó algum. Devido a isso, estava até relutando em assistir, porque eu não gostei muito das duas últimas séries que apresentavam outros membros dos Defensores (Jessica e Luke), mas resolvi ver para crer e confesso que foi uma surpresa muito agradável. Não que eu tenha achado a série tão boa quanto a Demolidor, entretanto, achei ela superior a Jessica Jones (ok, sei que a pegada aqui é outra) e a Luke Cage.
Punho de Ferro traz cenas de lutas que bebem direto da fonte dos antigos filmes de artes marciais. Confesso que tais coreografias não são nada muito diferente do que vimos em Demolidor, mas como eu gosto de ver muita pancadaria e ouvir sons de fratura… Tá de bom tamanho, tá lindo.
Quanto ao enredo… Bem, ele é muito corporativo, digamos assim… Também há uma constante troca de bastão para definir quem é o principal vilão da história. E em meio a isso tudo, temos um protagonista muito perdido e inocente, o que é perdoável, afinal, quem não estaria depois de passar quinze anos isolado da sociedade?
Por ser a última série antes dos Defensores, temos um festival de referências às antecessoras. Ah, também tem aquela personagem que aparece mais que arroz de festa: Claire! Ela que adora fazer amizades com justiceiros não poderia ficar fora, certo? Só que dessa vez, muito participativa nos combates (treinamento com Colleen Wing, rapá!).
Apesar da crítica estar detonando,
Punho de Ferro tem caído nas graças do público (vide às avaliações no
IMDb, por exemplo). Aqui no nosso covil, ela agradou e muito. Recomendamos a todos aqueles que gostam de boas coreografias de pancadarias e “herois fofíneos”.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.