Imagine que você e todos que o cercam são monitorados vinte e quatro horas por dia, com a finalidade de que não cometam nenhum delito, pois serão presos, caso isso ocorra. Mesmo assim, um membro da sua família é assassinado e esse tal sistema robótico, 100% confiável, não dá as informações de quem cometeu esse crime contra sua família. É em torno dessa problemática que Onisciente, nova série de ficção científica brasileira da Netflix, está sendo tão comentada e, inclusive, sendo comparada à série de sucesso da plataforma, Black Mirror.
Mas será que a série é “muito Black Mirror, méo” ou a série americana permanece em “oto patamá” (não torço pra nenhum time, ok)? Me segue!
Bora de micro sinopse antes disso:
Numa cidade onde os cidadãos são monitorados 24 horas por dia, uma mulher precisa enganar seu drone de vigilância para investigar um assassinato.
A série que estreou neste início de 2020, me chamou atenção justamente pelo fato de a compararem com Black Mirror, confesso. E, pelo fato de já ter assistido O Escolhido e não ter me decepcionado nem um pouco, resolvi assistir Onisciente. Posso dizer que não me arrependi, visto que a trama é muito boa. Nina sai de casa e vai para seu trabalho como estagiária na empresa Onisciente. A empresa é responsável pela segurança da população de uma cidade, auxiliando na redução de crimes, através do monitoramento 24h por um robô ou drone, em formato de vespa, que acompanha cada cidadão. Seu pai que, inclusive, já trabalhou nesta mesma empresa, ficou em casa sozinho, pois o irmão de Nina, Daniel, também vai para o trabalho. É neste momento, em que o pai deles, Inácio, é assassinado.
A partir daí, o foco de Nina e de seu irmão é descobrir quem é o assassino de seu pai e, além disso, questionar a eficácia dos drones libélulas (ou vespas) que, aparentemente, não sentenciaram a pessoa que cometeu o crime, como se a mesma não estivesse sendo vigiada. Devido a isso, ela e seu irmão passam a duvidar de tudo e de todos, principalmente das pessoas que trabalham na empresa Onisciente.
Bem, não tenho muito mais para falar dos personagens. O roteiro, como eu já disse, é bom, mas o perfil dos personagens é bem simplório. Não senti apreço por nenhum dos personagens, não me cativaram de forma alguma. Isso me deixou meio que chocada, porque quando comecei a assistir a série, logo reconheci alguns atores que fizeram novelas ou filmes com ótimas atuações, com personagens que cativavam o (tele)espectador, independente da índole do personagem. Mas em Onisciente, senti que todos eram engessados, com atitudes forçadas… Não sei se, de repente, a intenção era essa, de soar falso, duvidoso, robótico, sei lá! Só sei que não me cativou para uma segunda temporada.
Quanto a Onisciente parecer Black Mirror, eu não vi tudo isso não… É um enredo bom, que chega a nos instigar a querer assistir o próximo episódio (e a série tem apenas seis episódios) e as coisas são bem amarradas. A única coisa que faz lembrar é só o fato de ter uma tecnologia avançada que detém o controle de algo e que, como nesta série, vem a controlar alguma atitude impensada do humano ou tida como irresponsável, que infringe a lei.
Os efeitos visuais são até ok. Não gostei muito das libélulas, mas adorei os celulares. Parecem aquelas capinhas para cartão de passagem de ônibus, meio transparente, sabe?! O legal é que, além de ser bem simples, todos têm o celular igual (nem tem ostentação).
Explorando os efeitos dos recursos tecnológicos avançados na vida humana, mas de forma muito mais invasiva, Onisciente foi comparada à série Black Mirror, somado também a um suspense que te faz querer sempre mais um episódio. Eu não fui muito fã do final, mas aí vai do gosto de cada um, mesmo que o Vinicius concorde comigo. Assista e depois nos conte a sua opinião!
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…