O Justiceiro já saiu há um certo tempo, porém a minha vida atribulada em fim de ano não me permitiu a “maratonar”. Agora nas minhas merecidas férias, pude finalmente assistir tudo e tô aqui para falar das minhas impressões. Bora nessa?
Dessa vez a história com Castle é a seguinte: “Depois de se vingar dos responsáveis pela morte da sua esposa e filhos, Frank Castle (Jon Bernthal) desvenda conspiração mais profunda que submundo do crime em Nova York. Conhecido agora na cidade como Justiceiro, ele precisa descobrir a verdade sobre as injustiças que afetam mais do que apenas sua família”.
Vou começar falando do que eu considerei os pontos fracos da série. O primeiro é que eu achei que tem personagens demais, logo tem que se dar conta de apresentá-las, ambientá-las, tratar das suas questões, etc. Isso faz com que o protagonista pareça um coadjuvante em muitos momentos. Essa quantidade toda de gente também faz algumas sumirem por um tempo e aparecem do nada. Entretanto, as mais presentes são muito bem construídas e brilhantemente interpretadas por seus respectivos atores/atrizes.
Com todas essas personagens transitando na trama, acontece muita coisa e o enredo acaba se perdendo em alguns momentos, porém, ele ainda é mais direto do que os das outras séries Marvel/Netflix. Não temos aqui aquele papo de quatro ou cinco episódios contando uma história e de repente surge outra problemática nada a ver (#TomaLukeCage). No máximo um episódio me incomodou realmente no que se refere a “enrolação”.
Depois desse morde e assopra, vamos aos pontos que eu mais gostei. O que me agrada nesse universo urbano da Marvel é que por traz dos “heróis” sempre há uma discussão sobre algum aspecto da sociedade. Dessa vez a grande discussão é a política da guerra nos EUA, que apesar de estar muito distante da minha realidade (o que me fez ficar entediado em algumas cenas), essa problemática é perfeita para a construção da trama e das personagens mais presentes, uma vez todas elas carregam algum fantasma da guerra. Também é debatida a questão armamentista, porém a série não toma partido diretamente, digo diretamente, porque o representante anti-armamentista me pareceu uma espécie de piada. Mas no fim senti uma crítica a ambos os lados, ficou meio que em cima do muro.
Agora o grande ponto forte é como Frank Castle foi construído! Confesso que não era bem o que eu esperava, porque na minha opinião ele foi muito bem apresentado na segunda temporada de Demolidor, então eu pensava que em sua série própria ele iria chegar já botando os cartéis abaixo. Porém a série consolida Castle como o Justiceiro, ele não pode fugir disso, é quem ele é! E não posso falar dessa construção sem citar a grande atuação de Jon Bernthal, o cara simplesmente mostrou que ele é o Justiceiro.
Apesar de muita gente estar dizendo que O Justiceiro não foi lá grandes coisas, para mim ela só não foi melhor que Demolidor. Eu também adoraria vê-lo já barbarizando os bandidos por aí, mas a conclusão foi satisfatória e deu um gosto de “que venha a segunda temporada”. Por ser uma série Marvel/Netflix, senti falta de alguma pancadaria em um corredor, mas com toda aquelas cenas violentas, quem precisa de corredor? Não é mesmo?
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.