Assistimos: O Homem do Castelo Alto


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4
On 7 de fevereiro de 2020
Last modified:7 de fevereiro de 2020

Summary:

Já faz um certo tempo em que eu estive por aqui e dei as minhas primeiras impressões sobre O Homem do Castelo Alto. Assim que fui assistindo os episódios, decidi que não falaria de temporada por temporada, mas sim da série como um todo. Resultado? Demorei a terminar mais do que eu esperava... Porém, finalmente terminei de assistir as tretas do mundo comandado pelo Eixo e cá estou para falar sobre. Vem comigo?

Já faz um certo tempo em que eu estive por aqui e dei as minhas primeiras impressões sobre O Homem do Castelo Alto. Assim que fui assistindo os episódios, decidi que não falaria de temporada por temporada, mas sim da série como um todo. Resultado? Demorei a terminar mais do que eu esperava… Porém, finalmente terminei de assistir as tretas do mundo comandado pelo Eixo e cá estou para falar sobre. Vem comigo?

Mas antes, vamos relembrar a sinopse:

Baseado no romance premiado de Philip K. Dick e com produção executiva de Ridley Scott (Blade Runner) e Frank Spotnitz (The X-Files), The Man in the High Castle explora o que teria acontecido se os Aliados tivessem perdido a Segunda Guerra e o Japão e a Alemanha tivessem tomado os Estados Unidos. Estrelando Rufus Sewell (John Adams), Luke Kleintank (Pretty Little Liars) e Alexa Davalos (Mob City).

Vou começar pelo que mais me agradou na série: a dinâmica da narrativa. Para mostrar o modo de funcionamento daquele mundo, a trama mergulha nos aspectos políticos das nações envolvidas. Com isso, o espectador recebe boas doses de conspirações. Sejam elas entre as nações ou dentro das nações. O interessante é que as consequências dessas tretas mudam os plots das personagens em várias situações. Além de ilustrar que bem e mal, nunca é algo tão simples.

Um aspecto que levantei em meu primeiro texto, foi como eu tinha achado os protagonistas insossos. Por incrível que pareça, isso se manteve durante as temporadas. Não de forma constante, porque houve momentos em que eles brilharam, mas depois foram sendo ofuscados pouco a pouco até o fim da série. Seria uma pena, se os antagonistas não fossem incríveis.

Digo isso, pois os rumos da narrativa os fazem evoluir de uma forma admirável. Há momentos em que as situações parecem querer induzir o espectador a se compadecer ou torcer por eles. Sobre esse aspecto, mais uma vez senti que a não simplicidade da dicotomia bem e mal foi trabalhada com afinco. Gostei demais.

Contudo, alguns coadjuvantes que são tão bem trabalhados ganham fins apressados para manter a dinâmica da narrativa. Não que eu esteja aqui falando mal dos desfechos, porém acho que eles mereciam mais. Talvez essa minha fala venha de um coração partido, mas quero acreditar que não fui o único a sentir isso.

Tinha algo em específico que eu queria muito comentar aqui com vocês, mas como eu não quero dar spoiler, vou falar de forma bem genérica. Muitos acontecimentos daquela realidade, são similares aos que aconteceram na nossa. Se você curte história, vai pegar várias referências. Senti isso mais potente na última temporada, mas confesso que não sou um grande entendedor do período. Provavelmente deixei passar vários pontos nas temporadas anteriores.

Com um belíssimo visual, narrativa e personagens, O Homem do Castelo Alto é altamente indicado se você é um daqueles que ficam pensando “e se?”. Apesar do final corrido, protagonista perdendo força e uma última cena que me deixou movido no ódio, recomendo demais que você assista.