Segunda-feira estive aqui e falei sobre o filme “O Cristal Encantado“. Hoje retorno para falar da série prelúdio que recentemente foi lançada pela Netflix. Será que ela deu conta de tapar os “buracos” do longa? Será que direção de arte fez jus à franquia? Essas e outras perguntas serão respondidas (ou não) por esse nada especialista que vos escreve, agora!
Uma dose de sinopse antes:
Tiranos ambiciosos estão acabando com a vida em Thra, mas um grupo de Gelflings corajosos se une para salvar o planeta e combater a escuridão.
Se a qualidade técnica do filme já era surpreendente naquela época, a série dá passos gigantes ao somar os fantoches e CGI. Talvez os mais saudosos tenham torcido o nariz para tal característica, mas na minha opinião ficou primoroso! Esse casamento ficou tão perfeito que em vários momentos é difícil saber onde é que os bonecos acabam e o computador começa. Mesmo com alguma limitações (como as batalhas, por exemplo), os cenários estão belíssimos e os bonecos mais expressivos do que nunca.
Outra evolução incrível foi como a mitologia da obra foi expandida! Um exemplo que pode ser citado é que somos apresentados a sete clãs com características físicas, culturas e cidades distintas. O melhor de tudo é que toda essa expansão não muda o que estava estabelecido e tampouco exige conhecimento prévio do espectador.
Se no filme eu reclamei dos protagonistas, aqui não tem esse problema. Apesar de ter mais personagens, tudo flui de forma mais rápida e convincente. Dessa vez todos passam longe de serem genéricos, tem personalidades distintas e arcos emocionantes. Além disso, é notável a evolução deles dentro da trama, coisa que carecia no longa.
Com seus pouco mais de 500 minutos, a série tira a simplicidade narrativa do material de origem e apresenta tramas que respondem questões que até então estavam abertas. Isso sem perder o aspecto sombrio tão marcante na obra. Afirmo a você que tal tom está até mais potente, e o melhor: continua sem ser apelativo!
O Cristal Encantado: A Era da Resistência é uma produção que vai além da nostalgia, porque é um passo à frente do que já havia sido feito. Além da qualidade técnica ser impecável, a história não deixa a desejar e traz mensagens importantes à garotada. Fico feliz de ver algo do tipo ser produzido em plena era digital e mais feliz ainda de existir a possibilidade de uma segunda temporada.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.