Mais dois super-heróis desconhecidos entraram para o quadro de séries televisivas: o Manto e a Adaga. Sim, pode ser que eles não sejam desconhecidos para você, mas o são para a maioria das pessoas e para mim. Já tinha ouvido falar sobre eles e, a única coisa que eu sabia era que havia uma ligação entre os seus poderes. Convenhamos que isso não é conhecer um personagem. Nunca li um quadrinho em que sequer apareciam. Mas aqui, não vou fazer comparações HQ/ TV, me atendo apenas à série televisiva. Eu os vejo como uma dualidade entre sombra (Manto) e luz (Adaga). Na série, Manto e Adaga (Season 1), os personagens ainda estão se descobrindo, então, decidi que passarei por esse início de descoberta junto com eles.
O enredo, basicamente é esse:
“Tandy Bowen e Tyrone Johnson são dois jovens com criações distintas que terão de aprender a lidar e aprimorar superpoderes recém-adquiridos, e mais: a viver em casal, na vida pessoal e na luta contra o crime, como os inseparáveis Manto e Adaga.”
O início da série já mostra que haverão questões fortes a serem discutidas, como o racismo, o abandono e a corrupção. Devido á uma explosão numa plataforma, tragédias acontecem e, já na infância, Tandy e Tyrone já têm de lidar com a luta pela própria salvação e perdas de pessoas próximas.
É através dessas perdas que eles se conhecem e, a partir das consequências disso na vida de ambos, que os dois se reencontram. Os papéis se invertem, quanto às condições de vida: Tandy tinha um pai que dava à ela e à mãe, boa vida, mas ficou pobre; Tyrone era pobre e, hoje, seus pais tem boa vida financeira. Por falar em condições financeiras, a empresa Roxxon tem influência no estado financeiro de ambos. E não posso dizer mais nada a respeito!
Como disse anteriormente, Manto e Adaga (Season 1) aborda questões fortes e, consequentemente, com cenas fortes também. O preconceito racial sofrido por Tyrone é nítido a todo momento, desde tratamentos na escola onde estuda, até abordagens policiais. O racismo também tem ligação com a perda que sofreu. A violência também é sofrida por ele e é algo que vai sendo acentuada na vida de Tandy, sendo abordada de maneira física e psicológica na vida dela. Há outras cenas fortíssimas durante a série, não somente com os dois protagonistas, que são chocantes e chegaram a mexer bastante comigo (sério, fiquei malzona meRmo…).
Em si, a série é boa, apesar de alguns momentos fracos, mais ou menos, entre o segundo e o quarto capítulo, mas nada que vá te impedir de insistir em finalizá-la, uma vez que Manto e Adaga (Season 1) tem poucos episódios (apenas 10). Suas cenas fortes foram o que me prenderam, pois eu sempre ficava imaginando que, se aconteceu tal coisa e que foi mostrada da maneira que foi, ainda mais se tratando de uma série da Marvel, então poderiam vir cenas mais impactantes e coisas surpreendentes acontecerem, no decorrer da série. Então, eu acho que foi isso que me prendeu.
A segunda temporada de Manto e Adaga já foi confirmada e pretendo assistir. Pelo menos, não estou com aquele sentimento de “dar uma segunda chance”… Acho que, pelo fato de ter uma primeira temporada curta, ao meu ver, a série ainda tem muito para evoluir. E tem capacidade! Assista, tire suas próprias conclusões e, depois, diga pra gente quais foram as suas impressões.
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…