Mais uma para a série “tardamos, mas não falhamos”! Sim, demoramos um bocado para assistir a segunda temporada de Jessica Jones, mas agora cá estou eu para falar minhas impressões. Teria a atração andado bem sem a presença do grande vilão Killgrave? Respostas a seguir!
Antes de tudo, a sinopse: “A investigadora particular Jessica Jones, de Nova York, está começando a recuperar sua vida depois de matar seu atormentador, Killgrave. Agora conhecida em toda a cidade como uma assassina super-poderosa um novo caso faz com que ela relutantemente enfrente quem ela realmente é, ao cavar mais fundo em seu passado, explorando seus motivos“.
A primeira temporada de Jessica Jones passou longe da pancadaria presente nas séries de super-heróis. A trama tratou de relacionamentos, poder e perdas. Na segunda temporada não é diferente, só que agora os traumas de Jessica estão potencializados após o assassinato de Killgrave e por ela sentir mais um capítulo do seu passado vindo à tona. Pode-se concluir que a primeira grande questão apresentada é a vulnerabilidade da protagonista, sua tentativa de negar seus poderes e ter uma vida normal.
Quando seu passado começa eclodir, fica um clima de mistério para descobrir quem é o vilão por traz de tudo que começa a se apresentar. Nesse aspecto surge o que eu considerei o primeiro ponto fraco, porque a narrativa fica muito cansativa e conforme os mistérios vão sendo revelados, não há clareza em quem é o vilão e se há um.
No mistério instaurado na narrativa, a veia investigativa da personagem está ali. Jessica mostra seus dotes como detetive particular a todo o momento, só que, da última temporada pra cá, parece que ela perdeu seus dotes únicos cometendo erros grotescos e achando tudo no Google. Impressionante!
Ainda sobre a narrativa arrastada, pontuo sobre as subtramas que ocorrem no decorrer da série. Apesar de deixar tudo mais cansativo, os personagens de apoio são trabalhados de forma infinitamente superior do que na temporada anterior. Malcolm, Jeri e Trish tem evoluções significativas, mesmo a trama nos dando uma vontade gigantesca de bater em alguns deles.
Jessica Jones traz mais uma vez uma proposta diferenciada para o MCU, entretanto, não fez uma jogada certeira como na primeira temporada. A série que passa longe das cenas frenéticas de ação, nos mostra personagens que dentre todas as suas fragilidades, conseguem construir histórias de superação. Gente como a gente (gostaríamos de ser).
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.