Assistimos: Dark (Seasons 1 & 2)

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5
On 31 de julho de 2019
Last modified:31 de julho de 2019

Summary:

Muito me recomendavam e muitos elogios eu ouvia sobre Dark. Entretanto, nada sabia sobre a trama, mas agradeço a quem nada me explicou. Nos últimos dias das minhas férias, resolvi assistir um episódio para finalmente entender do que se travava. Resultado? Fiquei preso em um ciclo (segura essa!) de um episódio após o outro e cá estou para falar as minhas impressões sobre as duas temporadas.

Para iniciar o ciclo, vamos ver a sinopse:

Quatro diferentes famílias vivem em uma pequena cidade alemã. Suas vidas pacatas são completamente atormentadas quando duas crianças desaparecem misteriosamente e os segredos obscuros das suas famílias começam a ser desvendados.

O primeiro ponto que me agradou na série, foi que, como toda boa ficção científica, há uma discussão filosófica como temática. Dark utiliza seu tom de suspense para dar espaço a uma problemática superinteressante sobre destino, presente, passado e futuro. Onde tudo coexiste, mesmo não linearmente.

Tal coexistência inicialmente me assustou, pois pensei que não conseguiria acompanhar o fluxo de informações. Porém, o roteiro entrega tudo na medida certa, e o que realmente não é fácil de se compreender, torna-se perfeitamente entendível. Apesar dos eventos não serem lineares, a progressão da narrativa é impecavelmente linear.

Outro ponto fantástico da narrativa é que há determinados personagens que sabem exatamente tudo o que acontece. Foram eles que me instigaram a ver episódios seguidos, pois me davam a esperança de também ter maior entendimento dos eventos. O “problema” é que ao me inserir nessa ansiedade de entender mais e mais, o roteiro abriu caminhos que me levaram a inúmeras especulações, hahaha.

Falando em personagens, a quantidade dos mesmos é outro ponto que me assustou. Contudo, com o passar dos episódios fui me familiarizando e os identificando com mais facilidade. No fim, o que era “susto” se tornou mais um encantamento, porque o roteiro é primoroso com as construções dos mesmos! Há um grande aprofundamento em suas personalidades, medos e traumas. Simplesmente fantástico!

Por fim, outro grande acerto da produção é a maneira como eles tratam de viagem no tempo. Geralmente produções que abordam a temática deixam furos estranhos ou precisam fazer malabarismos para se autoexplicarem. Já Dark traz um conceito redondinho que, pelo menos aqui, convenceu satisfatoriamente.

Dark entrega uma primeira temporada repleta de possibilidades e uma segunda mais comedida, preferindo dar cabo do que já havia sido estabelecido. Entretanto, esse “pé no freio” ainda acha espaço para trazer mais complexidades e possibilidades para a terceira e última temporada. Quanto a minha opinião: até agora é a melhor produção da Netflix e mal posso esperar pelos seus desdobramentos!