Amada por uns e odiada por outros. Independente das nossas opiniões, Dark certamente é um dos maiores nomes do catálogo Netflix. Depois de uma espera considerável, seu encerramento está finalmente entre nós! Eu que estava bastante ansioso, assisti no primeiro fim de semana depois do lançamento e sim, “demorei”, mas cá estou para falar sobre.
Antes de conhecer o outro mundo, vamos à sinopse:
O apocalipse está acontecendo em Winden. Após descobrir que Martha pertence a uma realidade paralela, Jonas precisa entender como essa versão da pequena cidade alemã pode interferir em seu próprio destino. Já os que continuam na realidade até então conhecida buscam uma forma de quebrar o ciclo, que agora modifica não apenas o tempo, mas também o espaço. São dois mundos complementares, divididos entre a luz e a escuridão.
A temporada começa praticamente de onde a segunda se encerrou. Afinal, aquela última cena, que me deixou um tanto receoso, devia grandes explicações. Esse meu receio se deu, porque achei um tanto complicado inserir um novo aspecto tão complexo para o encerramento da série. Meu pensamento era: será que a produção vai conseguir amarrar as pontas soltas ao mesmo tempo em que amplia o seu universo?
Na minha opinião, afirmo que esta temporada respondeu “sim” ao meu questionamento. O caminho ousado da equipe criativa é praticamente impecável. Achei que a ampliação se deu de forma profunda, muito didática e sem perder a conexão com o que veio antes. De todas as temporadas, essa foi a que eu mais consegui acompanhar com facilidade.
Outro ponto que, ao meu ver, se destacou muito, foi como os atores foram versáteis em seus papéis. Não tenho conhecimento técnico de atuação, mas acredito que interpretar o mesmo personagem em distintas versões espaço-tempo, não deve ser uma tarefa fácil. Principalmente quando essas versões interagem entre si.
Como último destaque, chamo a atenção para as mensagens trabalhadas no roteiro. As questões dos ciclos seguiram presente dando uma dinâmica incrível à trama. Fora outros pontos mais filosóficos, mas não quero dar spoiler por aqui. Entretanto, nem tudo é profundo, porque há espaço para uma mensagem final bem clichê. Com uma boa execução, mas que não deixa de ser clichê.
Até agora, considero Dark a melhor série original Netflix. Mesmo abandonando alguns pontos e focando muito em outros, a produção entrega um final digno à sua trajetória. Espero sinceramente que a dona Netflix não me venha com novas temporadas (ela bem que gosta de fazer isso com séries aparentemente concluídas) e foque em outras boas produções. Afinal, todos nós ganhamos com isso.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.