Apesar de muitas vezes serem impactantes, os modos de funcionamento dos serial killers é algo que desperta a curiosidade de inúmeras pessoas. Na ficção, há vários sucessos de vendas que relatam as histórias desses perversos. No geral, a inspiração vem de nomes que preencheram os noticiários, sendo Ted Bundy, um dos casos mais conhecidos. Trinta anos depois, a Netflix traz o documentário sobre a vida/morte do assassino, e cá estou para falar minhas impressões.
Mas antes aquela sinopse “gigantesca” do serviço:
Entrevistas atuais, material de arquivo e gravações de áudio feitas no corredor da morte traçam o perfil do notório serial killer Ted Bundy.
Adaptado do livro “Ted Bundy: Conversations with a Killer” e dividido em quatro episódios, o documentário parte das conversas entre Bundy e o jornalista Stephen Michaud. Na minha opinião, estas conversas trazem o ponto mais interessante da obra: a voz de Ted é constante em toda a narrativa do documentário. Entretanto, o ponto de vista do serial killer não é o que rege a trama, porque a direção de Joe Berlinger traz depoimentos de jornalistas, policiais, amigos e advogados de Ted sobre o que ocorreu naquela época.
Entretanto, esse aspecto me trouxe momentos de cansaço, porque em vários momentos fui bombardeado pelo egocentrismo de Bundy. O ritmo dos primeiros episódios também cansam, mas felizmente a narrativa vai progredindo (acho que quiseram passar o sentimento de Stephen, só pode). Por fim, o egocentrismo de Ted é justamente o que faz ele falar. Que insight fantástico que o Michaud teve!
Além do egocentrismo, o documentário obviamente trata da perversidade dos crimes de Ted, assim como, a perspicácia do assassino. É impressionante as reviravoltas que tem nessa história, chega parecer ficção! Outro ponto bastante interessante, é que a direção traz através de reportagens antigas, as reações das pessoas acerca do caso. Acredite, muitos comportamentos vemos até hoje quando “espetacularizam” determinados crimes.
“Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy começa com um ritmo lento, mas cresce no decorrer dos episódios. Está longe de ser o melhor documentário do gênero, mas é altamente recomendado se você tem interesse pelo assunto.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.