O nome Castlevania me traz inúmeras memórias da minha infância, em que eu passava horas chicoteando criaturas maléficas de oito bits. Quando recebi a notícia que o Netflix estava produzindo uma série animada sobre o game, fiquei bastante curioso, afinal, não é sempre (quase nunca, na verdade) que uma adaptação de jogos agrada… Apesar do receio, assisti e vou compartilhar com vocês as minhas impressões.
Valáquia, 1455: Uma jovem chamada Lisa queria ser médica, mas como ainda não tinha Enem naquela época, ela procura Vlad Dracula Tepes, o coisa ruim que manjava uma pá de coisa científica. Dracula não é lá muito sociável com os humanos (compreensível) e fica meio desconfiado, mas por admirar a coragem da moça, resolve ensiná-la. Em contraparte, ela quer convencê-lo que nem todos os humanos são vacilões… Ledo engano… Quando ela passa a manjar das medicina tudo, a igreja diz que é bruxaria e taca a moça na fogueira. Dracula fica pistola e promete se vingar acompanhado de um exército do cão. Para salvar a humanidade, um grupo de religiosos legais pede ajuda a Trevor Belmont, um bebum que não parece se importar muito com a situação do mundo, mas pertence a uma tradicional família caçadora de monstros.
Agora vamos falar das coisas boas (não é Tekpix e nem Toptherm): Logo de cara a série mostra que é violenta! É sangue pra todo lado, maluco! Mas depois parece perder o ritmo, só parece. Os dois primeiros episódios tem um ritmo mais devagar, mas constroem muito bem a problemática da série e seu personagem principal. Depois disso é só pancadaria, sangue e cabeça demoníaca voando!
Quanto à fidelidade: Apesar de fazer muito tempo e as minhas lembranças sobre o game possam estar comprometidas, eu achei o roteiro da série bem similar ao jogo (Castlevania III: Dracula’s Curse). O traço dos personagens lembra muito as artes oficiais da época, as criaturas estão medonhas, o chicote Vampire Killer em ação… E os cenários? Que emoção ver os personagens pulando nas engrenagens do castelo!
Castlevania inicia muito bem, mas peca por trazer poucos episódios e uma longa espera até a próxima temporada. Eu fiquei bem pilhado para assistir os próximos capítulos da trama, mas para alguns, talvez essa demora a faça cair no esquecimento. De qualquer forma, ainda é uma produção altamente recomendada!
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.