Nova temporada de Black Mirror? Tardei, mas assisti! Como grande fã, cá estou para falar as minha impressões dos três novos episódios. Será que eles têm aquelas mensagens que desgraçam a nossa cabeça? Será que foi “muito… Ah, deixa esse bordão pra lá, porque já perdeu a graça (se é que foi engraçado algum dia)…
Como Black Mirror é antologia, falarei brevemente de episódio por episódio. Bora?
S05.E01 – Striking Vipers: “A versão em realidade virtual de seu videogame preferido reaproxima dois amigos de faculdade, e as sessões noite adentro levam a uma descoberta surpreendente“.
Sabe aquela discussão interessante, mas que no fim você acha que foi mal aproveitada? Essa foi a sensação que eu tive com esse episódio. Para tratar dos dilemas de um casamento tedioso em meio as interessantes virtualidades, o episódio se mostra extenso demais (característica de toda a temporada) para pouca coisa relevante acontecer. E quanto ao final, bem, de surpreendente não tem nada.
S05.E02 – Smithereens: “Um motorista de Londres dá início a uma crise internacional quando sequestra um funcionário de uma empresa de redes sociais“.
Apesar de também ser longo e com um final fraco (pra não dizer que me deu raiva), na minha opinião, esse foi o melhor episódio dessa temporada. Primeiro, porque Andrew Scott dá um show de atuação. Segundo, pois o fato do episódio ser cronologicamente perto do nosso, me fez lembrar de inúmeros episódios reais, onde a desgraça de uns vira espetáculo para outros. A velha discussão sobre redes sociais.
S05.E03 – Rachel, Jack and Ashley Too: “Vida real e inteligência artificial se misturam quando uma adolescente solitária fica obcecada com uma boneca-robô de sua estrela pop favorita, Ashley O“.
De todos os episódios, esse foi o que a duração me fez sofrer menos. Não por ele ser curto (até porque não é), mas pelo fato do desenrolar dos eventos estar bem adequado ao tom “teen” proposto. A narrativa é uma mistura de Disney com distopia, ou seja, a presença de Miley Cyrus não poderia ser mais adequada! Entretanto, senti que a mensagem foi pouco aproveitada e o fim não entrega nada demais.
Com propostas interessantes para reflexões em episódios longos e arrastados, ao meu ver, Black Mirror entrega a temporada mais fraca até então. Senti falta do suspense, reviravoltas e de mais distopias (pontos que me fizeram amar a série). Apesar da minha frustração, acho o resultado final regular e fico no aguardo da próxima temporada.

Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.