Em uma quarta-feira, há quase um ano, eu fiz uma resenha sobre as três temporadas de
Black Mirror em um único post. Quase 365 dias depois, cá estou eu novamente falando sobre essa série que deixa muita gente na “bolação”.
Depois de muito aguardar, estaria a quarta temporada “muito Black Mirror, meo!” ? É o que vou falar sobre!
Se você hibernou nos últimos tempos e nunca ouviu falar sobre a série, vou explicar para você repetindo as minhas palavras do ano passado: Black Mirror é uma série de ficção científica criada por Charlie Brooker, que analisa a sociedade contemporânea de forma sombria, satírica e especulativa, especialmente no que diz respeito às consequências das novas tecnologias. Inicialmente era transmitida pelo Channel 4, mas em 2016 ganhou alcance global quando sua transmissão começou a ser feita pelo Netflix.
Por ser uma série antológica, mais uma vez vou falar de episódio por episódio. Me segue!
S04.E01 – USS Callister: “Uma mulher acorda em uma nave estilo Star Trek, onde a tripulação ama o seu sábio e destemido capitão”. Ao meu ver, um episódio que inicialmente é chato e arrastado, onde torcemos o tempo todo contra o “vilão” que é um babaca de maior qualidade. O que salva é o desfecho da história, que dá vontade de aplaudir.
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Pobre gênio incompreendido |
S04.E02 – Arkangel: “Depois de quase perder a filha, uma mãe investe em uma nova tecnologia que lhe permite acompanhar ela”. Acredito que a mensagem desse episódio deve funcionar melhor com quem já tem filhos. Como não é o meu caso, no máximo refleti como foi a minha infância/adolescência, como é a de hoje em dia e como poderá ser em um futuro não muito distante.
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Até que ponto a proteção dos pais é saudável à formação dos filhos? |
S04.E03 – Crocodile: “Uma mulher entrevista várias pessoas usando um dispositivo que lhe permite acessar suas memórias”. Se você acompanha a série com certeza já aprendeu que se tem uma coisa não dá certo em Black Mirror é revirar as memórias alheias. Temos aqui mais um exemplo de como isso “dá ruim”.
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O passado sempre presente |
S04.E04 – Hang the DJ: “Conhecendo-se por um programa de namoro que coloca uma data de validade em todos os relacionamentos, Frank e Amy logo começam a questionar a lógica do sistema”. Se um computador disser que aquela pessoa não é a certa, mas algo nos diz que é, mesmo ele acertando quase 100%, você confiaria? Olha, eu não sei não, mas esse foi um dos meus episódios favoritos nessa temporada.
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Há lógica nas relações? |
S04.E05 – Metalhead: “Na paisagem pós-apocalíptica dos mouros escoceses, uma mulher tenta sobreviver à terra cheia de ‘cachorros’ “. Pelo conceito, tinha tudo para ser o mais legal, mas no fim das contas, é arrastado demais… Pelo menos a fotografia é irada e dá uma curiosidade de saber o que aconteceu para o mundo ficar daquele jeito.
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Quando viver é sobreviver |
S04.E06 – Black Museum: “Uma mulher entra no Black Museum, onde o proprietário conta suas histórias relacionadas aos artefatos”. Referência! Esse provavelmente é o episódio que a galera das teorias mais gostou. Tem muita referência e easter eggs a vários episódios da série, mas isso não é o que o torna bom. Esse é um daqueles episódios que você não dá nada até ver o desfecho.
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Uma casa mal assombrada cyberpunk? |
Falar de Black Mirror sem spoilers é isso: ser breve demais. O que eu posso dizer é que eu não gostei muito dessa temporada, até nos bons episódios em algum momento me deu aquela sensação de “isso não acaba nunca?”. Enfim, fiquei um pouco decepcionado, mas parece que fui um dos poucos. Que venha a próxima e que volte a ser excelente.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.