A última temporada de Atypical chegou neste ano de 2021, pois devido à pandemia, a série que seria lançada em 2020, seguindo uma sequência ano após ano, teve de ser adiada. Como eu conheci a série apenas neste ano, não passei por tanta ansiedade para assistir ao final da mesma. Já assisti faz um tempinho, mas a série ainda está fresquinha na memória e aqui estou sobre o que achei da conclusão da jornada de Sam Gardner. Me acompanhe!
Mas, antes de viajarmos, a sinopse:
Casey e Sam estão prestes a sair de casa, e a família Gardner precisa tomar decisões importantes.
Um novo e, talvez, não tão esperado momento acontece na família de Elsa (Jennifer Jason Leigh) e Doug Gardner (Michael Rapaport): as crianças estão saindo de casa. Com filhos focados nos estudos, cujo futuro de ambos está quase que decidido, o casal tende a ter que lidar com as mudanças dos filhos, seja por estarem a sair de casa ou até mesmo as mudanças na vida profissional e sentimental.
A primeira e mais dolorosa mudança começa com Sam (Keir Gilchrist) e seu destino certo, resolvendo ir morar com seu amigo Zahid (Nik Dodani), para o sofrimento de sua mãe, Elsa. A mesma tem a preocupação, quanto à adaptação do primogênito ao novo ambiente, mas principalmente a possíveis conflitos com a rotina e costumes de Zahid. A série mostra ao espectador o esforço que Sam faz para se adaptar ao novo lar, sem deixar de evidenciar o outro lado sofrível, o materno, ainda mais se tratando de alguém especial.
Já com a filha Casey (Brigette Lundy-Paine), Elsa tenta dar-lhe orientação, principalmente quanto ao seu relacionamento amoroso. Este, inclusive, é algo que Doug não está tão a par como era antes. Isso, porque Casey teme que o pai não reaja bem quando tomar conhecimento de seu relacionamento com Izzie (Fivel Stewart). Esta última, ao meu ver, se mostra uma incógnita, quanto a suas reais intenções com Casey. Foi um “jogo”, não sei se intencional, que a série fez com este casal, que me deu uma grande aflição, até chegar ao ponto de eu me ver na indecisão se torcia ou não pra elas ficarem juntas, o que até me cansou um pouco.
Além destas mudanças na vida dos personagens principais, Atypical abordou situações como diagnósticos de doenças graves, reconciliações, decepções, luta por direitos, perdas, independência, responsabilidade… Tudo que acabe envolvendo todos os personagens, de formas diferentes e, consequentemente, com ensinamentos e visões diferentes.
Atypical é uma série muito didática, em vários aspectos. Apesar de ter o foco em mostrar o desenvolvimento social de uma pessoa no espectro autista, quando este tem um excelente acompanhamento e participação familiar, a série de Robia Rashid nos permite enveredar por outras situações que também promovem momentos de reflexão e ensinamento ao espectador. Tudo sem beirar à romantização cansativa, que encontramos noutros filmes e/ou séries. Creio que a não romantização foi um ponto altíssimo da trama. Terminei de assistir à mesma muito satisfeita e, com toda certeza, será sempre recomendada!
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…