Assistimos: Atlanta (Season 1)

Finalizei! Se eu pudesse (lê-se tivesse tempo), assistiria tudo no mesmo dia. Que série maravilhosa!
Vou tentar contar minha experiência a respeito da primeira temporada de Atlanta.

Os episódios, ao meu ver, não tinham uma ligação. É, tipo, no dia seguinte, dias ou semanas depois. Isso não fica explícito, como num filme, em que se escreve “dias depois” ou “tempos depois”. Na verdade, quando um episódio começa, você nem sente mais nos personagens o impacto do acontecimento do episódio anterior. Difícil falar qual é o preferido, mas eu vou nomear três deles, não necessariamente por ordem de preferência, mas que me marcaram de alguma forma: episódio dois, “Em cana”, que eu ri muito; episódio sete, “Rede Afro-Americana”, cuja ideia foi a mais genial possível e “Dia da Abolição”, que foi meio que sufocante, pois os personagens se sentiam assim num ambiente, morrendo de vontade de se verem livres daquela obrigação.

Há referências em alguns episódios, ou em todos, creio eu. Mas, como eu sou meio devagar para essas coisas, consegui focar numa em que o Donald Glover faz tipo uma propaganda de sua face musicista, o Childish Gambino, onde um personagem apresenta ao Earn seu escritório que contém o melhor da cultura afro. Aí… Qual é o LP que está exposto na estante? “Awaken, My Love”, de 2016. Acho sensacional essa postura dele em deixar claro que ele produz algo de boa qualidade e que mereça destaque. É aquilo, né, se o(a) negro(a) não exaltar a si mesmo, a própria genialidade, quem irá exaltá-lo(a)? Eu acho que ele tá certo!

Isso é algo que está bem nítido na série: a genialidade de Donald Glover como produtor, diretor, escritor e um dos protagonistas da mesma (sim, ele é isso TUDO). Os diálogos, a pegada cômica, sem ser forçada, os silêncios (que também são engraçados) as mensagens/ moral da história no fim de cada episódio… Tudo isso fica explícito em Atlanta (Season 1). É uma série que te faz rir e te leva à reflexão a todo momento, seja sobre a sua vida, o que você faz dela, quem é parte dela, o que essas pessoas significam pra você, o que você faz por elas e vice-versa, racismo, homofobia, apropriação cultural… É uma série rica de conteúdo e de atuação, das quais já falei nas minhas primeiras impressões. Impecáveis!

O fim da temporada foi louco! Surpreendente mesmo! Aparentemente, não é nada demais, mas você perceberá que foi rsrsrs! Eu recomendo muito essa série a vocês! Se eu pudesse, daria dez torradas!