Há pouco tempo, estive aqui e falei da grata surpresa que foi assistir BEASTARS – O Lobo Bom. Apesar de não ser fã de antropomorfismo e de animes em 3D, fiquei impressionado com a qualidade da produção. Enfim, eu gostei tanto que já queria assistir a segunda temporada, mas infelizmente ainda não está disponível na Netflix brasileira… O jeito foi recorrer à “biblioteca do Jack Sparrow” e vir aqui para falar as minhas primeiras impressões. Vem comigo?
Mas antes de conter os instintos, sinopse:
Legoshi se aceita como carnívoro e muda seu relacionamento amoroso com Haru. No entanto, quando a vida escolar parece voltar ao normal, uma nova crise se instala em Legoshi: quem assassinou Tem? Além disso, no Mercado Negro, os restos do Shishi-Gumi que deveriam ter sido derrotados estão começando a ganhar força novamente como o “Novo Shishi-Gumi”. Diante de uma nova e poderosa provação, será que Legoshi conseguirá proteger o que realmente importa?
Mais uma vez, é a morte de Tem que movimenta a dinâmica da série. Contudo, é possível ver como as consequências desta estão se acentuando. Fora isso, a narrativa começa a ilustrar os atravessamentos que o episódio causou em Legoshi. Com um ar mais maduro, o lobo começa a buscar o predador responsável pelo ato.
Essa maturidade do protagonista também é presente em outras situações. Em busca de se entender melhor, Legoshi passa por uma série de transformações que melhoram ainda mais o personagem! É impressionante como a narrativa trabalha bem com a jornada dele. Felizmente, esse aspecto não é exclusivo do personagem principal, porque os demais também vêm recebendo a devida atenção. Principalmente Louis.
Nos seis episódios que assisti até agora, as mensagens e reflexões, características da produção, seguem com tudo. Aprofundando ainda mais os pontos levantados na temporada anterior, o roteiro segue impecável e com naturalidade nas discussões. Gosto muito dessa pegada de “fábula contemporânea”, porque, pelo menos pra mim, a ideia bate bem mais potente.
Por fim, cabe destacar a qualidade técnica da produção: é quase imperceptível que as animações sejam em 3D; a trilha sonora está fantástica; e a abertura e o encerramento são muito bons. Confesso que gostava mais da abertura em stop motion, mas a nova não perde em nada. E que letra de música!
Ao meu ver, BEASTARS – O Lobo Bom tem um retorno à altura do que foi construído anteriormente. Confesso que estou bastante empolgado para ver os desdobramentos do que foi levantado até então. Quando eu o fizer, pode ter certeza que voltarei aqui para falar sobre. Até lá, pode me chamar pra conversar, porque tô precisando de alguém para compartilhar as tretas da Escola Cherryton.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.