“Ihhh… Faltou luz… O que fazer?“
Sem os eletrônicos (celular sem internet é o mesmo que nada, hoje em dia), o tédio toma conta total do ambiente. Maaaaaasss… Há outros meios de se divertir à luz de velas (Pó pará com as “senvergonhice” aí!), à luz de emergência, à luz da lanterna, à luz do dia, enfim, há uma “luz no fim do túnel” que pode salvar a sua noite, tarde ou dia.
“Ah, Bel, é Uno! Esse a gente já conhece…“
Errou feio! Errou rude! |
Nope! Eu tô falando do Histórias, um jogo ilustrado criado por Yves Hirschfeld e Fabien Bleuze, com ilustrações feitas por Hervé Gourdet, publicano no Brasil pela Galápagos Jogos (essa lindona). Ele é um jogo constituído por sessenta cartas ilustradas, na frente e no verso, sem repetições de imagem, e mais quatro cartas com as regras do jogo, que pode ir de três à doze jogadores, a partir dos oito anos de idade.
O objetivo do jogo, basicamente, é revelar as imagens contidas nas cartas (sim, no verso das cartas, uma vez que, a imagens já vista por todos, não fará parte da história contada) e usá-las para criar uma história. Sim, de improviso, tipo, “Se Vira nos Trinta” (que referenciazinha, hein…)! Ele aparenta ser infinito, porque são cento e vinte imagens (contando frente e verso), que podem aparecer em diversos momentos do jogo, já que as cartas devem ser embaralhadas, que dependem muito também da imaginação de cada jogador para criar as histórias, fazendo ligação entre uma carta e outra, conforme elas vão sendo desviradas.
As cartas do jogo, com lindas ilustrações |
Para não ficar muito enrolado na hora de jogar com muita gente, existem duas formas de seguir a partida, sendo elas de três a cinco jogadores (ao desafiar seu oponente em sequência, como uma rodada) e de seis a doze jogadores (quando estes são separados em três times). O jogador ou o time que vencer o maior número de “batalhas”, vence o jogo.
“Mas pera aí! Batalhas?! Comassim?!“
O Histórias tem quatro modos de jogos, que são escolhidas pelos jogadores em seus turnos: o “Então, me conte!”, onde deve-se criar uma história (aventura, informação, conto…)de um minuto com a ajuda de cinco imagens; o “Faz melhor?”, em que o primeiro jogador conta uma história e o segundo o desafia, tentando contar uma história totalmente diferente usando as mesmas cartas do colega que jogou anteriormente; o “Preguntas e Respostas”(o preferido dos meus alunos), quando o primeiro jogador, o “líder”, pega as oito primeiras cartas da pilha, vira a primeira carta, fazendo uma pergunta com relação àquela imagem para o seu oponente, que irá respondê-la de acordo com a imagem da segunda carta desvirada e, por último, “O Debate”, em que o “líder” pega a primeira carta da pilha e propõe um debate, lançando uma pergunta com um tema que tenha a ver com aquela imagem e, logo após, todos os jogadores devem pegar cinco cartas da pilha e desenvolver argumentos que defendam sua posição, sua opinião diante da problemática. E tem um modo “bônus”… Mas fica na “curio” aí! rs
Esse jogo é maravilhoso, didaticamente falando. Na sala de aula, ele é perfeito para entreter os alunos, despertar a produção de texto oral e escrita. Fora que ao trabalhar com imagens, a criança vai transbordar de criatividade. O próprio significado da palavra “criança”, que está na fase da criação, no desenvolvimento, que é criado e que também cria, já indica que o jogo Histórias perfeitamente indicado para elas também.
Ufa! É isso aí, meu povo, minha pova! Fica a dica pra se livrar do tédio, com ou sem luz, quando já tiverem finalizado a maratona daquela série preferida, quando quiser socializar com a nova companhia trazida pelo(a) colega… Enfim, Histórias é a melhor forma de se divertir, libertando a galera do celular, e expressar sua criatividade, seu senso de humor e descobrir quem é o maior (e melhor) contador de histórias da turma.
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…