Quase dois anos depois de suas últimas apresentações em terras tupiniquins, os britânicos do Anathema retornaram ao Brasil com dois shows marcados para divulgar o recém lançado The Optimist. Como eu e Bel gostamos muito do trabalho deles, nos deslocamos até São Paulo para assistí-los mais uma vez.
Quando chegamos aos “portões” do Carioca Club, o público já formava uma fila de tamanho considerável. Entretanto, como chegamos perto do horário de abertura da casa, não esperamos por muito tempo. Vou até abrir um parênteses e comentar uma constância dos shows organizados pela Overload que eu fui, todos foram sempre pontuais. Deixo todos os meus elogios possíveis, não só a isso, mas a organização como um todo.
Falando em pontualidade, o início da apresentação não foi diferente. A banda entrou no palco às dezenove horas fazendo o público ecoar as partes 1 e 2 de Untouchable e em seguida tocaram Endless Ways, faixa pertencente ao último álbum. Depois da execução das três músicas, foi o momento onde a banda cumprimentou o público e anunciou a faixa que dá título ao último trabalho da banda, The Optimist.
A banda seguiu conversando com o público de forma bem humorada, com direito a morangos atirados ao público pelo vocalista Vincent Cavanagh. Logo em seguida o vocalista falou sobre o que os fãs comentam nas redes sociais, com o fato deles tocarem mais as músicas recentes ao invés das mais antigas. Depois desse “desabafo”, a banda executou quatro faixas do álbum Judgement: Deep, Pitiless, Forgotten Hopes e Destiny Is Dead. Fechando a primeira parte do show, a banda ainda tocou Dreaming Light (com direito a pedido de casamento na platéia, parabéns ao casal), Can’t Let Go, Universal e Closer.
O primeiro encore começou com o primeiro single do atual trabalho, Springfield. Em seguida teve o que é um dos momentos mais emocionantes do show, a execução de A Natural Disaster, onde todos acendem os seus celulares ao ouvir a performance incrível de Lee Douglas. Finalizando o encore ainda rolou uma perfomance enérgica de Distant Satellites, onde Vincent “soltou os braços” na percursão.
Danny retorna sozinho ao palco e começa o segundo encore com One Last Goodbye. Sua apresentação foi sublime e levou boa parte do público às lágrimas. Logo após, o restante da banda retorna ao palco e executa a clássica Lost Control, que precede Destiny e Shroud of False. A música que encerrou a apresentação mais uma vez foi Fragile Dreams, que sempre deixa o público bastante eufórico (melhor forma de terminar, certo?).
Mais uma vez o pessoal do Anathema fez uma apresentação brilhante, repleta de muita emoção e que já me faz esperar ansiosamente pelo seu retorno. Fiquei surpreendido positivamente por escutar músicas que eu nunca imaginei vê-los executando ao vivo. O setlist foi espetacular! Obrigado, Anathema, por mais um show incrível e obrigado, Overload, pelo profissionalismo, pelo respeito com o público e por nos proporcionar esse momento fantástico!
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.