Nesse período de isolamento social, tenho buscado entretenimento online com frequência. No mundo de opções que a tecnologia nos oferece, às vezes essa busca se torna algo difícil… Ontem foi um dia em que eu estava nessa jornada e enquanto revirava o catálogo da Amazon, reencontrei o Pequeno Nemo. Nostalgia tomou conta e cá estou para falar da minha história com o universo.
Mas antes do “senta que lá vem história”, vou resumir a trama:
O Pequeno Nemo foi uma série de tirinhas dominicais criadas por Winsor McCay. As histórias contavam os sonhos de um garotinho chamado Nemo que deveria chegar à Slumberland, pois havia sido convidado pelo Morpheus para brincar com sua filha, a princesa Camille.
Apesar de parecer uma história infantil, as tirinhas tinham um tom bastante sombrio e até mesmo violento. Tanto que, de maneira geral, o último quadro quase sempre trazia Nemo acordando em desespero. Além do clima de pesadelo, outra coisa que acordava o protagonista antes dele chegar à Slumberland era Flip, personagem que usava um chapéu com os dizeres: wake up (acorde).
Primeira tirinha do Pequeno Nemo (clique aqui para ampliar)
Como as tirinhas foram publicadas em jornais americanos e muito antes do meu nascimento, meu primeiro contato com o universo aconteceu em algum momento da década de 90. Em alguma das minhas idas à locadora, lá estava o VHS do Pequeno Nemo. Lembro com clareza que curti muito a trama, mas gostei principalmente do reino dos pesadelos. As imagens foram tão marcantes, que até ontem eu não lembrava mais da história, só dos cenários. Isso não significa que o enredo é ruim, porque, mesmo sendo um pouco diferente do material original, é uma aventura em tanto.
Antes de eu ter este reencontro com Nemo pela Amazon, aconteceu outro anos atrás: pelo jogo. Quando consegui um computador com leitor de CD, copiei uma mídia repleta de roms de arcade. No meio de centenas de jogos, estava o do Nemo com o padrão Capcom de qualidade. Foram muitas tardes me beneficiando dos créditos infinitos que só o emulador proporciona. Jogaço!
Outro reencontro meu com Nemo é mais recente e foi motivado por conta deste blog, inclusive. Geralmente, passo meus natais em uma região serrana e sempre levo algo para ler, jogar, assistir, etc… Em um destes fins de ano, levei os quadrinhos da série Little Nemo: Return to Slumberland, uma versão repaginada do universo, lançada pela IDW em 2014. A versão de Eric Shanower e Gabriel Rodriguez é maravilhosa e só não teve resenha aqui por motivos de preguiça (Confesso que não é o único quadrinho que li em um fim de ano e não resenhei. Deve ser alguma tradição inconsciente).
O Pequeno Nemo é um universo incrível! Sou apaixonado pela construção dos seus cenários oníricos e aventuras. Recomendo todas as mídias que citei nesse post nostálgico, porque quero muito alguém para conversar sobre, hahahaha! Ah! Só pra fechar: em 2018 a revista Variety divulgou que a ON Animation Studios (produtora de O Pequeno Príncipe), estaria em parceria com Hyrum Osmond (o chefe de animação de Moana), para produzir um novo longa do Pequeno Nemo. Nunca mais vi nada a respeito, mas sigo na torcida.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.