Lemos: Zumbis Marvel

Brains… Braaaaiiiinnnnsss…💀

Será que os zumbis podem falar? Será que, de alguma forma eles pensam, só que a fome por cérebros é mais forte? Bem, quanto à fala, li (mas não me interei muito sobre isso)que, há algum tempo, houve uma teoria de que os zumbis da série The Walking Dead falavam… E, se falavam, tinha uma pontinha de raciocínio aí.

The Walking Dead é minha série preferida e posso dizer que é um dos meus quadrinhos preferidos também. O autor de ambos, Robert Kirkman, seguindo a linha de um sucesso de Mark Millar, que criou um Quarteto Fantástico zumbi, tornou-se o autor de Zumbis Marvel. Publicada entre 2015 e 2016, essa minissérie que foi dividida em cinco partes, retrata os super-herois infectados por um vírus, que os transformaram em zumbis.

Sendo fã das duas temáticas, achei simplesmente maravilhoso, e continuo achando. Mas confesso que me deu certo desconforto de ver todos os super-herois, sempre responsáveis pela segurança da população, exemplos de integridade, lealdade, honestidade (e outros “dades”), tornarem-se os responsáveis pela extinção da humanidade. Foi algo extremamente impactante ler essa HQ.

Bem, a história é a seguinte: Ninguém sabe dizer de onde essa infecção veio ou quando começou. Você abre a HQ e o caos já está lá. Magneto, com uma cara de assustado e, na página seguinte, você encontra um squad de super-herois zumbis. Magneto é a presa restante e ambos querem um pedacinho dele. Com seu sumiço, os “super-herois”, que já se encarregaram de devotar TODOS (vai pensando aí nas relações sociais deles…), se veem com a fome por uma fonte de alimento. No meio desse desespero, onde eles lutam (sim), conversam (sim), fazem piadas (sim) e, o mais incrível, arquitetam planos para conseguir ou estocar “comida”, eis que surge o Surfista Prateado, dando-lhes uma nova oportunidade de ir “Avante!”.

A arte sombria de Sean Phillips

Essa HQ é muito sombria, dá um nojinho de muuuuitas cenas, mas é interessante como que em cada página há um suspense e uma surpresa, quase que inacreditável. Esse tom sombrio está presente nos diálogos, repletos de egoísmo, trapaça e um tom de arrependimento que chega doi, mas principalmente nos traços. O traço do artista Sean Phillips ajudou a compor o universo apocalíptico e agonizante, com a coloração do ambiente, sempre nebuloso, e as sombras, sempre presentes nos rostos dos super-herois zumbis.

Se, por acaso, vale a pena ler? TER é a palavra certa (mas não vai deixar de enfeite, hein)! Com uma ideia genial dessas, é necessário adquiri-la, pois são seus super-herois não sendo seus super-herois, numa situação que causa certa inquietação pra quem lê, mas que é interessantíssima a cada página, impossível de prever como cada um se vira pra… érr… sobreviver?!
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