Lemos: Quarteto Fantástico – O Fim

A série “Vou confessar que…” apresenta… Quarteto Fantástico!

Não sei se já disse isso por aqui, mas agradeço (Não sei a quem… Ah! Lembrei!) à Disney por esse boom de super-herois que temos hoje. Ele me ajudou a relembrar o meu sonho de ter (e ler) quadrinhos. Por conta disso, tenho consumido muuuita coisa de voltado pra esse universo. É como dizem, essa é a melhor época pra ser GEEK/ NERD!

Lembro que, recentemente, comentei num texto sobre o fato de não conhecer o Doutor Estranho. E, como eu adoro confessar coisas, a confissão de hoje é que eu não sou chegada ao Quarteto Fantástico. Tá, falando assim, pode parecer que o bloqueio exista por conta da parte cinematográfica. Até pode ser e, inclusive, eu pensava dessa forma. Mas hoje eu tenho certeza… Eu não sou chegada mesmo.

E acabo me martirizando por isso, já que o grupo de super-herois fazem parte dos primórdios de criações do LINDÃO Stan Lee e do saudoso Jack Kirby. E, naquele tempo, com certeza isso faria sucesso entre a molecada, não que hoje deixe de ser sucesso, mas temos o universo cinematográfico como exemplo e… O Quarteto não foi um boom no cinema. Se eu assisti Quarteto Fantástico e Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado? MAS É CLARO!!! E adorava! Passou de novo?! Tá eu lá assistindo por dois motivos: Ioan Gruffudd e Chris Evans. Adolescência é assim… Mas o tempo foi passando e fui percebendo que os atores bonitões escondiam de mim um filme que não era lá uma Braste…Não era aquilo tudo. Recentemente, deram um reboot no Quarteto, que conseguiu piorar um cadinho.

Deixando o cinema de lado, voltemos aos quadrinhos. Eu ainda não tinha lido uma história do Quarteto. Nessa coleção da Salvat, eles já tinham aparecido em outras histórias, mas eu ainda não tinha lido uma história solo. E… Continuei não sendo muito chegada… Apesar de a HQ ter me surpreendido com um tom mais sério.


Em Quarteto Fantástico – O Fim o sistema solar foi colonizado e apresenta o grupo de herois desmembrado e afastado. Reed e Sue Richards ainda são um casal, apesar de não parecer. Ben vive feliz, com sua esposa e filhos, em Marte e Johnny ainda está solteiro, pois seu último relacionamento foi com a inumana Cristalys (mas eu acho que ainda se gostam). Há anos, numa batalha com Doutor Destino, Reed e Sue perderam seus filhos, depois de uma força estranha, iniciada pela junção dos poderes de seus filhos para acabar com Destino. Por conta disso, Reed uniu-se à tristeza e tornou-se mais fechado em suas pesquisas, enquanto Sue, movida pelos desenhos feitos no ar, por sua filha Valéria, minutos antes de perdê-la, investiga o significado desses símbolos desenhados, a fim de reencontrar os filhos vivos. Porém uma ameaça de chegada dos vilões para a fronteira, onde estão as colônias, incentiva a reunião de vários super-herois, inclusive, do Quarteto Fantástico, para impedir o caos.

Quarteto Fantástico – O Fim é uma história interessante, não posso negar. A inquietação de Sue em busca dos filhos, foi o ponto forte pra mim. A coragem da personagem, cada descoberta que ela fazia, as aventuras e perigos que enfrentava em cada um deles, foi o que ainda me prendeu à história. Mas achei que todo diálogo entre o Senhor Fantástico e a Mulher-Hulk deixou a história beeeeeeem arrastada… Por mais que o reencontro de Ben e Johnny tenha sido legal, os momentos de Reed e Jennifer deixaram o enredo morno. O final até que salvou a história, mas senti que foi difícil chegar até lá.

A arte de Alan Davis, que também assina o roteiro é linda! Rica em detalhes de sombreados, de jogos de explosões, no “brilho” e detalhes dos uniformes e cores bem vivas. Os movimentos e as emoções dos personagens são bem descritos, pois conseguimos ver a felicidade e paz no olhar de Ben e a tristeza e pesar de Sue, ambos com relação a seus filhos. E conseguimos ver isso em páginas seguidas.

Apesar de ter um tom arrastado em algumas partes da história, Quarteto Fantástico – O Fim ainda consegue atrair o leitor em situações paralelas ao centro do enredo, o que, na minha opinião, “salvou” a leitura. Espero que esse meu leve bloqueio pelo Quarteto seja dissipado por uma graphic novel que não tenha altos e baixos como essa. Para quem curte o grupo, tipo muito, tá valendo a leitura, mas ainda não foi dessa vez que o Quarteto ganhou o meu coração definitivamente.