Finalmente, a HQ do “menino prodígio” e queridinho de Mark Millar, teve seu último volume lançado. Fiquei ansiosa pra saber qual seria o destino de Edison Crane, após o volume 5 e, por isso, não me esqueci de ficar ligada, quanto ao lançamento do último volume. Então, aqui estou para te contar o que achei de Prodígio, da MillarWorld / Netflix.
Antes disso, vamos rever a sinopse:
Prodigy, o homem mais inteligente do mundo, não se contenta em administrar os negócios mais bem-sucedidos do mundo. Sua mente brilhante precisa de um desafio constante e, assim, ele se torna o cara certo para os governos de todo o mundo quando surge um problema que eles simplesmente não conseguem lidar. Um cientista ganhador do Prêmio Nobel, um compositor genial, um atleta de nível olímpico e um especialista em ocultismo, Edison Crane é tão viciado nos mistérios do mundo quanto ficar no topo da Fortune 500. Estes são os contos do homem mais excepcional do mundo e esta história marca sua primeira aventura publicada.
Millar, mAAAAis uma vez, acertou! Prodígio tem um roteiro diferente do que se costuma ver. É mais um personagem criado que te dá a impressão de ser um super-herói, mas que tem o seu lado humano muito mais evidente, do que o lado fantasioso. Foi assim com Huck e, de certa forma, com A Ordem Mágica. O drama da vida em sociedade dos personagens, ou seja, o lado mais humano, torna-se muito mais evidente, pois a mensagem que se passa é o impacto que a parte fantástica de suas vidas causa nas suas relações.
Isso fica a mostra em todas as partes da HQ, desde o espanto que Crane causou aos seus pais e a um casal de convidados, quando decidiu operar o filho deles, de forma caseira, durante a visita; aos vários e loucos desafios que lhes são impostos, tipo, saltar de um lugar alto para o outro, com o corpo em chamas (não lembro se era exatamente isso, mas eram coisas do tipo).
O plot da história foi realmente bom e surpreendente. E a resolução, posso dizer, inclusive, que foi pesada. Mas… Foi muito rápido… Não sei se eu queria um fim para os vilões, em que eles tivessem que padecer mais. Sei lá. Esse meu sentimento de algo a mais no destino dos vilões tem sido permanente nesses três quadrinhos e me causa uma estranheza, por ser uma resolução aparentemente rápida.
Já falei aqui que virei fã do brasileiro Rafael Albuquerque. O cara manda muitíssimo bem, com desenhos que beiram à cenas de filme de ação, daquelas muito bem executadas, dignas de animar o público. E, sim, ele conseguiu me animar, mais uma vez, soltando um “Caraaaca!”, em voz alta, em páginas com tais cenas.
Prodígio é uma HQ bem interessante pra quem gosta de ver personagens em grandes, momentos de ação e desvendando mistérios, somados à uma arte incrível. Edison Crane é um personagem digno de ganhar uma adaptação para as telonas e, com certeza, seria um sucesso!
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…