Na Dragão Brasil de março, o mangá Khalifor (ambientado no universo Tormenta) voltou a ser publicado. Para situar os novos leitores, a Jambô Editora deu de presente o primeiro volume a todos os apoiadores. Como eu ainda não conhecia a história, fiquei bastante empolgado com esse brinde e tratei de ler o quanto antes. Leitura feita, cá estou para falar as minhas impressões.
Mas antes de proteger a cidade-fortaleza, sinopse:
Khalifor, a cidade-fortaleza. Um bastião impenetrável, mas corroído por intrigas e indolência.
Por isso, quando rumores do sul alertam para a ascensão da Aliança Negra, uma terrível horda goblinoide, um bando de desgarrados toma para si a tarefa de proteger Khalifor.
Eles sabem que a cidade-fortaleza não tem a mesma força de outrora. Sabem que a Aliança Negra não pode ser detida. Sabem que os últimos dias de Khalifor estão chegando.
Mas nada disso os impedirá de lutar até o fim.
Por considerar Khalifor um dos lugares mais interessantes de Arton, o primeiro ponto que me chamou a atenção foi a proposta do mangá. Quem acompanha Tormenta, sabe bem como termina a história que ali está sendo contada. Porém, a possibilidade de acompanhar os acontecimentos que levaram àquele fim é um convite excelente.
Contudo, se você nada sabe do que vai acontecer, melhor ainda! Há uma breve contextualização para situar o leitor novo. A ameaça se faz presente desde a primeira página através das imagens e nos versos de um bardo. Como eu nunca me canso de ler sobre a Aliança Negra, agradeço publicamente pelo prólogo.
Posteriormente, somos apresentados aos outros personagens, os aventureiros. Sobre estes, gostaria de destacar os meus favoritos até o momento: Randar, o típico herói que tem que enfrentar os seus fantasmas antes de se dedicar ao bem maior; Kheel, que além de entregar momentos cômicos, possui uma presença de combate incrível (sem dúvida alguma, o meu predileto); e por fim, Enver, que exerce o papel de ser a elfa f#d@, hahaha. Há outros personagens muito interessantes dentro da trama e que, provavelmente, vão crescer mais nos próximos volumes.
Quanto à trama, o roteiro de J. M. Trevisan me envolveu de uma forma, que parecia um convite a permanecer na história. Como todo começo de mangá, o ritmo é mais devagar, mas as sequências de acontecimentos abrem possibilidades interessantes. É aquele tipo de roteiro que te instiga a virar páginas sem parar e a ficar sedento por uma continuação. Felizmente, todo mês vou receber um pouco mais de páginas.
Outro ponto incrível é a arte de Ricardo Mango. Os traços do artista casam perfeitamente com a ambientação e clima que a narrativa passa. A forma como Mango desenhou a cidade é encantadora. Ficava preso em cada detalhe. Fora isso, também me agradou muito o conceito da arma do protagonista, as expressões dos personagens e os combates dinâmicos. Trabalho muito bom mesmo!
Por fim, cabe destacar que a publicação traz muitas curiosidades sobre o processo criativo da dupla. Particularmente, achei bastante legal ver os esboços, conceitos, o texto inicial sobre Randar e, principalmente, o roteiro. Pelo que eu me lembro, nunca tinha visto um roteiro de mangá/quadrinho. Achei muito interessante a dinâmica de trabalho.
Khalifor (Vol. 1) é uma boa pedida para os fãs de Tormenta e para aqueles que, não conhecem o cenário, mas curtem fantasia medieval. É um trabalho visualmente bonito e com uma trama promissora. Agora que a continuação está saindo mensalmente, creio que é um ótimo momento para conhecer. Recomendo demais!
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Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.