Ainda sou uma leitora nova no mundo dos quadrinhos. Por esse motivo (e por falta de tempo), não li todos os clássicos. Juro que tento. Às vezes, me empenho a ler dois quadrinhos ao mesmo tempo, mas no fim das contas, acabo me dedicando mais a um do que a outro. Ou até aparece um terceiro que me chame mais atenção.
Foi algo do tipo que aconteceu com essa HQ, 1602 – Angela, A Caçadora de Bruxas. Esse foi um quadrinho que me chamou atenção pela capa (ai, gente, às vezes, eu acabo fazendo esse tipo de julgamento rs), que é lindíssima, com esse ar “Elizabetano”, que é o período representado.
Já no início, percebi que ela é uma HQ que tô lendo meio que “no momento errado”, porque eu tinha que ter lido 1602 (porque Angela também é uma personagem criada por Neil Gaiman) e Guerras Secretas antes. E estou lendo Guerras Secretas, mas enrolando muito pra terminar. 1602 – Angela, A Caçadora de Bruxas é baseado no quadrinho 1602 e passa depois desse episódio, acredito eu. E também acredito que eu recebi um spoiler daqueles, sem querer… Acontece…
Mas a história é, basicamente, a seguinte: Com a destruição do Multiverso, o que restou foi apenas o Mundo de Batalha, que é um planeta composto por retalhos de de mundos, que foram mantidos por vontade do Deus Destino, Victor Von Doom.
Logo nas primeiras páginas, já é possível perceber que será um quadrinho cheio de surpresas, pois acontece uma mudança no destino de um dos personagens que parece ser o principal. E, no decorrer de cada página, a sensação de que algo surpreendente vai acontecer a qualquer momento permanece, pois o quadrinho tem um humor ácido, onde os personagens vão nos levando à essa distração e sempre agem, de repente, de maneira violenta, afinal caçadores são sorrateiros.
Angela tem uma parceira, Serah, como quem mantém uma relação. Elas andam em busca de Sanguebruxos, que dá a entender que são os mutantes (eu ACHO) desse mundo. Inclusive, você poderá encontrar outras referências à personagens, que permaneceram vivos neste universo.
1602 – Angela, A Caçadora de Bruxas é uma história muito prazerosa de ler. O roteiro de Marguerite Bennett e a arte Stephanie Hans prendem o leitor com o humor ácido, com diálogos irônicos e rebuscados, ou seja, um humor inteligente. As imagens também são fortes, violentas, com tons bem fortes, principalmente os avermelhados e terrosos, e traços finos.
Se você quer uma história bem interessante e surpreendente, tanto de roteiro como de arte,eu te indico fortemente.
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…