É laivi-ékixon ô num é?! É i num é! Cumé qui é?! O povo ficou mais “confuso” do que os gêmeos daquele famoso meme, quando saiu o primeiro trailer de O Rei Leão (2019). Iniciou-se uma discussão nas redes sociais a respeito dos efeitos gráficos usados no filme e que o mesmo não merecia o “título” de live-action, uma vez que não foi feito com “animais de verdade” e, portanto, seria mais uma animação O Rei Leão (1994)… Segundo trailer de O Rei Leão (2019) tinha o Timão falado algo no finalzinho e o povo foi à loucura, esquecendo até das discussões anteriores. Finalmente saiu o filme e… Uns amaram; outros, se decepcionaram. Os críticos especializados se dividiram: uns acharam magnífico, dando notas altas; já outros, acharam que esse live-action era completamente desnecessário, dando notas baixíssimas.
Bem, não sou crítica especializada para dar opiniões técnicas, mas como costumo a dar minha opinião (mesmo que ninguém tenha pedido) neste site, esse texto é para expressar minhas impressões sobre O Rei Leão (1994) e O Rei Leão (2019), comparando-os e esse negócio de ficar colocando o ano do filme após o nome, parece que tô falando de filmes tipo Blade Runner rs.
Eu sei e você também sabe o que acontece na trama, mas recordar é viver! Só que, dessa vez, teremos duas sinopses (em respeito às obras). Então, “Simbora”!
Mufasa (voz de James Earl Jones), o Rei Leão, e a rainha Sarabi (voz de Madge Sinclair) apresentam ao reino o herdeiro do trono, Simba (voz de Matthew Broderick). O recém-nascido recebe a bênção do sábio babuíno Rafiki (voz de Robert Guillaume), mas ao crescer é envolvido nas artimanhas de seu tio Scar (voz de Jeremy Irons), o invejoso e maquiavélico irmão de Mufasa, que planeja livrar-se do sobrinho e herdar o trono. (O Rei Leão – 1994)
Simba (Donald Glover) é um jovem leão cujo destino é se tornar o rei da selva. Entretanto, uma armadilha elaborada por seu tio Scar (Chiwetel Ejiofor) faz com que Mufasa (James Earl Jones), o atual rei, morra ao tentar salvar o filhote. Consumido pela culpa, Simba deixa o reino rumo a um local distante, onde encontra amigos que o ensinam a mais uma vez ter prazer pela vida. (O Rei Leão – 2019)
É live-action ou é outra animação? Bem, antes de dar a minha opinião sobre essa questão, gostaria de falar sobre o filme de 1994. Eu amo! É aquela animação que, se passasse numa “Sessão da Tarde” da vida ou se eu, como professora que sou, colocasse esse filme como um “momento deleite” para meus alunos, eu assistiria de boaça (assim como acontece com Meu Vizinho/Amigo Totoro, Mogli, A Viagem de Chihiro, Mulan, Kubo…)! O Rei Leão (1994) é a animação que tá no coração e as canções na ponta da língua. Agora, voltando à questão… Olha… Complicado. É fato que não dá pra fazer um live-action com animais selvagens (escrevo isso gargalhando) e ponto. Mas tem que ser um live-action! Tá, mas não dá, p%#&@! Sem condições! Vai fazer o que?! Pegar imagens do Discovery Channel e fazer uns “recortes de cena”, sei lá? E, ao mesmo tempo, temos que admitir que também pode ser tratada como animação, visto que, é feito com computador. Eu, na minha humilde opinião, sem “passar pano” para o senhor Jon Favreau (já tô me defendendo antes das “pedras” voarem em cima da Marvete aqui), nós temos que respeitar a obra e o p$#@ trabalho que deu pra que os animais ficassem o mais fiel possível à realidade e, ao mesmo tempo, sem perder as características sutis dos personagens. Eu cito o Scar, por exemplo: não tem a juba preta, mas tem um tom opaco, “sem vida” e, ao mesmo tempo, de um leão com uma vida marcada, de alguma forma.
Viajei?! Sim, mas observem (foto) que foi feito o possível para deixar que o espectador percebesse, além dos atos ou da voz, que aquela figura era relacionada ao Scar: uma juba não tão volumosa e não tão vívida; os pelos da cara são mais escuros e com cicatrizes e, olha lá, a “famosa cicatriz no olho” e sem falar que ele é “meio magrelo”, se comparar com o Mufasa. Portanto, por essas e outras, não me custa dizer que é um live-action. Acredito que se os caras tiveram um baita trabalho pra tornar isso o mais próximo da realidade, por que não podemos dar um crédito para a perfeição que ficou, hein?!
O que tem de igual? O que mudou? Olha, se for com relação ao ritmo da história e à mesma em si, eu diria que mudaram a expressões, mas nada mudou. Assim, ó: um leão (ou qualquer outro bicho, exceto, os cachorros) não ri, não tem essa expressão igual ao Scar (foto) da animação, olhando “de rabo de olho”, levantando a sobrancelha… As expressões corporais também mudaram, claro, pois não temos um Scar no live-action conversando com as hienas e levando a pata até a cara, como expressão debochada de lamento.
Mas peraí, Bel, desde quando leão, hiena, javali e suricato cantam e dançam? Para a minha imensa alegria, não houve estranheza de minha parte quando a isso, simplesmente, porque, na minha humilde opinião ele não cantam. Gente, eu SEMPRE achei a coisa mais ridícula esses filmes (os que mais têm são de gato e cachorro) que fazem as bocas ou bicos dos bichos reais se mexerem, como um movimento semelhante ao homem. Inclusive, tenho pavor de filmes assim, são horrorosos de tão mal feitos. Acredito que em O Rei Leão (2019) o canto deles e o “ritmo dançante” ficaram na minha imaginação. Eu, sinceramente, não senti que o movimento que tinha na boca dos animais era pra ser, necessariamente, uma cantoria.
E isso me passou uma tranquilidade, um sentimento de “Ufa!”, de que pelo menos, eu não teria uma leão sorrindo ou fazendo biquinho pra cantar. E também não vi nenhum deles dançando, mesmo naquela cena de O Rei Leão (1994) em que Simba, Timão e Pumba cantam e dançam “Hakuna Matata”, mostrando o crescimento do leão, no live-action eu não vi isso, apenas um caminhar comum aos bichos. Portanto, esqueça também toda aquela “coreo” (e cores fortes) dos animais na canção “O Que Eu Quero MAIS é Ser Rei” e imagine apenas a sincronia comum de animais em bando. Falando em música, as músicas do live-action não tinham tanta emoção como as da animação… Tá aí um ponto que eu senti falta.
É inegável que O Rei Leão (2019) é um live-action belíssimo, divertido e emocionante, assim como O Rei Leão (1994). Assisti a animação, logo após o live-action e pude sentir que, em algumas cenas deste último, eu ri mais do que com a própria animação. Independente do que se fale, este é um filme infantil e, portanto, quem tem que gostar mais são as crianças. Ficar boladinho (a) em rede social, porque “acabaram com a sua infância”, um(a) adulto(a) de 30, 40, 50 anos… Tsc… E se tinha necessidade ou não de ser feito, gente… Sim, uma vez que os filmes live-action estão dando super certo E, por favor, né… É a empresa do $eu WaltDi$ney! Se esse texto fosse um “Assistimos: O Rei Leão (2019)“, eu daria quatro torradas!
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…