Não sei se já falei isso por aqui, mas, se tem um gênero de filme do qual eu nunca fui muito chegada, é o terror/ suspense. Primeiro, que detesto levar sustos (haha 😅), mas, como já assisti alguns (quase que à força), sempre achei que eram tudo a mesma coisa, que tinham a mesma essência, tornando-os meio chatos.
Porém, neste ano de 2018, confesso que me senti interessada em assistir alguns filmes do gênero, porque o roteiro me pareceu distinto dos demais e extremamente interessante. Isso aconteceu com Corra! , com o recente Às Cegas e agora com Um Lugar Silencioso. Este último não é tão recente como o Às Cegas, mas só assisti agora, porque eu estava criando coragem, já sabendo que seria um bom filme, devido às críticas. E sobre ele que falarei hoje.
A sinopse é a seguinte:
“Em uma fazenda nos Estados Unidos, uma família do Meio-Oeste é perseguida por uma entidade fantasmagórica assustadora. Para se protegerem, eles devem permanecer em silêncio absoluto, a qualquer custo, pois o perigo é ativado pela percepção do som.”
Com um roteiro, aparentemente, simples, Um Lugar Silencioso foi um filme que me surpreendeu demais, por ser um filme com uma temática inteligente e diferente dos demais filmes. O filme é quase que inteiramente silencioso, com poucas músicas de fundo (somente nas cenas mais tensas, pelo que me lembro) e o principal: os personagens se comunicavam em língua de sinais, pois tinham uma filha surda e muda. Apesar de a língua de sinais também ser diferente em outros países, a ideia de mostrar a inclusão e sua importância, foi sensacional. Não sei se usuários da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) também têm o interesse e a oportunidade de aprender a língua de sinais dos EUA, a ASL (American Sign Language). Mas enfim, foi legal ver que o que levou os personagens a durarem tanto tempo, num período pós apocalíptico, não tão distante, foi justamente o fato de saberem utilizar a língua.
Os personagens do filme são muito bem construídos e a prova disso é algo que eu, sinceramente, amei no filme e que é mais um diferencial: não houve a necessidade de flash back, ou veja, de voltar no tempo e mostrar como essa família era, antes disso tudo e como iniciou, ou ainda, de onde esses seres devoradores de quem faz barulho, apareceram. A história do filme é tão direta e boa por si só, que já se garante e se mantém no tempo atual, sem a necessidade de artifícios de mostrar como tudo aconteceu e tals.
O filme é tão diferenciado que, só agora, escrevendo aqui, é que me dei conta de que não sabemos o nome dos personagens! Gente, eu realmente não sei e sequer senti falta ou a necessidade de saber! É uma família composta por pai, mãe e três filhos (dois meninos e uma menina mais velha, que é deficiente auditiva).
Um Lugar Silencioso é um filme não muito grande, que se passa num único lugar, sem muitos personagens a serem incluídos no decorrer do longa, mas não foi algo que tenha me entediado, muito pelo contrário. Me deixou mais centrada na trama, uma vez que, só pelas circunstâncias às quais aquela família estava passando, se precavendo por algo que estava por vir, já era o suficiente para prender a minha atenção.
Olha, eu vou parando por aqui, porque eu gostei tanto desse filme que, se eu falar demais, vou acabar dando spoiler do mesmo. Um Lugar Silencioso é um filme maravilhoso e vale muito a pena assistir, pois dá aquela sensação de “até que enfim, um filme de suspense diferente” é de “Nossa… Será que dá pra fazer uma sequência? Queria…”. Mas, para a minha alegria (é, possivelmente a sua, depois que você assistir), a sequência do longa (eleito o melhor filme do ano, pela BBC) já foi confirmada! E já estou passando por momentos de tensão e ansiedade. Apenas assista!
“Eu sou Groot” e professora. Adoro assistir filmes e séries; ler livros e HQs e “eu QUERIA fazer isso o dia todo”. Espero ter “vida longa e próspera”…