Assistimos: Tomb Raider – A Origem

Adaptação de game? Xiiiii… Lá vem bomba!” Geralmente esse é o primeiro pensamento que vem à minha cabeça quando é anunciada alguma. Mas costumo assistir mesmo assim e nem sou tão crítico, porque sei distinguir bem os materiais (talvez pelo excesso de bombas assistidas). E se eu consigo gostar dos filmes do Resident Evil, por que eu não iria assistir Tomb Raider? Assisti e cá estou eu para falar!

Vambora entender qual é a do filme: Lara Croft é a independente filha de um aventureiro excêntrico que desapareceu anos antes. Com a esperança de resolver o mistério do desaparecimento de seu pai, Lara embarca em uma perigosa jornada para seu último destino conhecido – um túmulo lendário em uma ilha mítica que pode estar em algum lugar ao largo da costa do Japão. As apostas não podiam ser maiores, pois Lara deve confiar em sua mente aguda, fé cega e espírito teimoso para se aventurar no desconhecido.

Primeiro ponto a se falar é sobre a nova Lara Croft: meus contemporâneos têm uma visão marcada da “Lara Jolie Croft”, certo? Pois bem, esqueça! Porque a “Lara Vikander Croft” segue bem o tom da terceira era dos jogos. Vejo muitos comentários negativos sobre a nova Lara ser menos sexy, menos badass, descaracterizada e blábláblá. Apesar de achar que ainda tem muito o que melhorar, particularmente gostei dessa nova construção da personagem, porque se tratando de um filme de origem, é válido mostrar certa inexperiência da heroína. Que não é super, é humana (apesar de ser imune à fraturas) e não musculosa, então apanhar de bombados é meio que consequência, né?

Muito se reclama da nova Lara, mas para mim o maior problema foi o roteiro raso e cheio de furos… Ainda estou me perguntando o porquê do senhor Croft ter ido lá para aquela ilha! Fora a série de pontas soltas, previsibilidades e falhas convenientes que acontecem depois que a protagonista chega lá na ilha. Falaria sobre várias aqui, mas sabe como é, né? Sem spoilers.

Porém, nem tudo é mediano e negativo! Assistir o filme foi uma ótima experiência, porque ele tem inúmeros pontos fiéis ao material de origem. Adaptações de games costumam ser terríveis, mas em Tomb Raider: A Origem é perceptível que houve uma respeitosa preocupação de não fugir da fonte. Os cenários e as cenas de ação estão fantásticas, em diversos momentos dá a sensação que você está vendo o jogo. Ponto positivo!

Tomb Raider: A Origem cumpre bem a sua proposta de ser um bom filme para passar o tempo. Apesar do roteiro, o longa é bem próximo do material de origem nos fazendo ter a sensação de estar saltando, esquivando, fugindo e enfrentando os perigos. Só faltou o joystick!