Já se passaram dois anos desde que a força foi despertada e de lá pra cá muitas teorias foram levantadas de como seria o futuro de Star Wars. Depois de muita baboseira que lemos na internet, enfim um dos filmes mais aguardados do ano chegou às telinhas e finalmente vamos descobrir quem são os últimos Jedi e se eles são os últimos mesmo.
Mesmo eu tendo gostado muito de o Despertar da Força, uma das críticas que eu fiz na época foi que o mesmo fora praticamente uma releitura de Uma Nova Esperança. Confesso que tinha um certo receio que Os Últimos Jedi seguiria essa onda de não mudar a fórmula do sucesso, porém fiquei bastante surpreendido ao ver que o longa pega um caminho bem diferente (mesmo que por vezes possa parecer um mix de O Império Contra Ataca e O Retorno de Jedi) do que vimos até então na franquia. Pelo que eu vi, esse fator desagradou muita gente (direito a petição online e tudo pra remover o filme do cânone), mas na minha opinião foi o grande ponto forte. Inovar é preciso! E quando é bem feito, é só amor!
Outro ponto positivo que essa mudança de tom trouxe nessa nova fase da franquia, foi como as antigas personagens tiveram um protagonismo que os levaram além do fan service. Apesar de eu achar que as questões de Luke se estenderam demais no filme, foi importante para mostrar esse novo lado do Skywalker: um homem marcado pela guerra que não suporta o peso de ser uma lenda. Leia também tem um destaque fantástico fazendo-se muito mais presente nas decisões táticas da Aliança Rebelde, fortaleceram-na ainda mais.
Mas e a galera nova, Joe? Bem, como eles já foram devidamente apresentados no longa anterior, tudo ficou focado no amadurecimento dos mesmos. Poe, Finn, Rey, Kylo Ren… Todos eles, sem exceção tiveram participações vitais na trama. Destaque para a relação entre Rey e Kylo, mesmo ele não tendo a minha simpatia como vilão, é inegável como a personagem evoluiu. Ah, Finn também ganha uma companheira: Rose, que também foi muito bem inserida no universo.
Até agora tudo que falei foi como as personagens tiveram a devida atenção, certo? Isso é um ponto forte, porém, esse foco torna a trama menos ligada no ambiente. Como assim? Vamos lá, o universo tá em uma guerra daquelas, mas tudo que importa é como as personagens se relacionam. Não precisava ser tão político como as prequelas, mas podiam dosar melhor isso aí.
Outra ponto que me incomodou foi o humor repetitivo com os Porgs. Nas duas primeiras vezes até é engraçado, mas repetir, repetir e repetir … Star Wars tem um humor melhor que isso, não precisa apelar tanto pra vender brinquedos às crianças.
Enfim, Star Wars: Os Últimos Jedi tem tudo o que gostamos na franquia (sabres, x-wings, explosões, trilha sonora do John Williams, etc…) e mais um bocado de novidades que me agradaram/surpreenderam bastante. Mesmo com os pontos que me desagradaram, tendo um vilão que eu não gosto e ser demasiado longo, é um filme muito bom que se você não viu tá perdendo tempo. Esse novo capítulo abre inúmeras possibilidades para a franquia, e eu já estou ansioso para os próximos.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.