Assistimos: Sombra Lunar

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3
On 14 de outubro de 2019
Last modified:14 de outubro de 2019

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Um serial killer ataca a cada nove anos, onde pessoas são mortas de forma e motivos desconhecidos: de repente, começam a sangrar pelo nariz, olhos, boca e ouvidos. Tais fatos, que ocorrem em locais diferentes da cidade, instigam um policial, aspirante a conquistar o cargo de detetive, a reunir pistas para tentar prender o culpado, algo que, pouco a pouco, acaba deixando o policial obcecado, afetando sua vida em vários aspectos. Ao ler isso, tive certeza de que queria assistir, porque logo você pensa “Pô, deve ser um baita suspense! Com certeza vai mexer com o psicológico do policial e, talvez, com o meu também.”. Este é Sombra Lunar, um dos mais recentes lançamentos da Netflix, filme do qual falarei hoje, sem spoilers, mas será que ele é isso tudo? Vem cá, que eu te conto!

Mas antes, dá uma olhada na sinopse:

Filadélfia, 1988. Determinado a se tornar detetive, o policial Thomas Lockhart segue os rastros de um misterioso serial killer que ataca a cada nove anos. Os crimes desafiam qualquer explicação científica e a obsessão de Lock em descobrir a verdade ameaça destruir sua carreira, sua família e sua sanidade. Com direção de Jim Mickle e com Michael C. Hall e Cleopatra Coleman no elenco, Sombra Lunar é um suspense psicológico que desafia os limites do gênero e mostra como a passagem do tempo pode aproximar ou afastar as pessoas.

Sombra Lunar tinha tudo para ser um filmaço. Uma história misteriosa, diferentona que, no decorrer do filme, percebe-se umas pitadas de ficção científica, até que… Ele se perde. Onde?! Como?! Bem no meio do filme, quando a gente começou a sacar algumas coisas, o roteiro parece que muda muito, mais muito mesmo. Por vezes, cheguei a pensar que era outro filme, já que eu começo a me perguntar onde estavam aquelas boas cenas de ação, o suspense, o tiroteio… Some, tudo some, e inicia-se um filme de drama, deixando a trama cada vez mais morna. Quando eu achei que seria, justamente, o momento em que a história ficaria mais intensa, uma vez que o ano de 2024, que foi onde ocorreu a primeira cena do filme, estava se aproximando, o roteiro de Geoff Tock e de Gregory Weidman segue ladeira a baixo.

Isso foi um pouco decepcionante, pois o filme, além de começar bem, tem personagens interessantes, que também são consequências de um bom elenco. Thomas Lockhart (Boyd Holbrook) é um policial que tem o desejo de tornar-se um detetive. E ele é bom nisso, visto que o atual detetive que, inclusive é seu cunhado, o Holt (Michael C. Hall), em determinado momento, pede a Thomas que o deixe fazer o seu trabalho e não se metesse no caso. Mas Lockhart é tão eficiente que ele é o primeiro a encontrar com Rya (Cleopatra Coleman), a serial killer, apenas por saber onde procurar, deduzindo por onde ela poderia passar. Sem falar nessa ideia de Rya não morrer, retornando sempre de nove em nove anos e todo mistério envolvendo a personagem, fazendo com que o telespectador anseie por 2024 e, consequentemente, os motivos que a leva cometer tais crimes.

Na minha opinião, quanto à outros artifícios como fotografia e trilha sonora, Sombra Lunar não apresenta algo impactante ou diferenciado a ser pontuado. Se há algo a ser pontuado quanto às cenas, só consigo e posso mencionar duas: as cenas em que mostra como Rya reaparece em dado ano, que são legais e uma que eu menos gostei, foi uma cena do avião, que eu achei bem mal feita. Quanto à sonoridade, nem consigo me recordar de algum momento do filme onde a música, mesmo sendo instrumental, possa ter me causado uma atenção a ponto de ser relevante.

Sombra Lunar é suspense que tinha tudo pra ser muito bom, mas foi declinando, mornando, tornando-se cansativo, com final simplório e bem diferente do que eu havia imaginado, para um filme que começou tão bem. O filme deixa também algumas pontas soltas, da metade em diante, parecendo, por vezes, ser um pouco apressado. Ouso a dizer até que, no fim das coisas, o filme me passou a sensação de uma perda de tempo. Mas ele não deixa de ser uma boa distração e vai que você tenha uma opinião diferente?