Assistimos: Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis


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4
On 8 de setembro de 2021
Last modified:8 de setembro de 2021

Summary:

Inúmeros filmes de artes marciais marcaram a minha infância. Naquela época, qualquer longa com Jackie Chan chamava a minha atenção, porque a combinação era perfeita: ação e comédia. Havia a possibilidade de ficar apreensivo com os combates e depois rir da forma como Chan interagia naquelas situações. Foi com esse referencial que assisti Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis. Não que eu esperasse uma emulação, mas fui com certa curiosidade de como o "gênero" artes marciais dialogaria com a fórmula Marvel. Bora falar sobre?

Inúmeros filmes de artes marciais marcaram a minha infância. Naquela época, qualquer longa com Jackie Chan chamava a minha atenção, porque a combinação era perfeita: ação e comédia. Havia a possibilidade de ficar apreensivo com os combates e depois rir da forma como Chan interagia naquelas situações. Foi com esse referencial que assisti Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis. Não que eu esperasse uma emulação, mas fui com certa curiosidade de como o “gênero” artes marciais dialogaria com a fórmula Marvel. Bora falar sobre?

Mas antes da pancadaria, sinopse:

Shang-Chi é um jovem chinês criado por seu pai em reclusão, sendo treinado em artes marciais. Quando ele tem a chance de entrar em contato com o resto do mundo, logo percebe que seu pai não é o humanitário que dizia ser, vendo-se obrigado a se rebelar

Confesso que mesmo curioso, não estava tão empolgado com o filme. Porém, os minutos iniciais me deixaram completamente preso à tela! Diferente de outros filmes do estúdio, fui presenteado com cenas de luta surpreendentes de tão bem coreografadas. Nada daqueles cortes abruptos que cortam a sequência de trocação de soco. De modo geral, a ação é fluída e equilibra bem o movimento dos atores e os efeitos. Sensacional mesmo!

Contudo, se o começo é quente com os combates, depois vai amornando quando dá espaço ao drama familiar. Não que este seja mal construído, mas achei uma quebra de ritmo brusca. Entretanto, é aqui que os personagens ganham a profundidade necessária para a narrativa. Inclusive, o antagonista brilha nesse arco. Que personagem cheio de camadas interessantes!

Felizmente, arco final recupera o ritmo que inicialmente me cativou. Porém, dá um passo além, porque inúmeros elementos mitológicos entram em cena. É fantástico ver a presença e a interação de dragões, raposas de nove caudas, leões guardiões, etc… Se antes os combates eram dinâmicos, eles passam a ter um nível épico para fechar a história.

Além disso, talvez o maior trunfo do longa é a sua independência dos demais títulos do estúdio. Por ser um novo rosto na casa, senti que ousaram criar uma história mais focada em si. Obviamente há menções e relação com figuras e situações já conhecidas, mas foi uma introdução mais centrada nesse novo universo. Isso dá espaço para especular sobre o futuro do MCU? SIM! E já que estamos nesse assunto, fique de olho nas duas cenas pós-créditos.

Depois de Vingadores: Ultimato, achava difícil vir algo potente, personagens cativantes e, até mesmo, vontade de acompanhar as produções da Marvel por mais 10 anos. Ainda é muito cedo para afirmar que Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis me deu abertura para pensar isso tudo, mas como eu não esperava muita coisa, fui surpreendido positivamente. Então, que venham os próximos filmes.