Assistimos: Scott Pilgrim Contra o Mundo

Diferente dos filmes e séries que tenho assistido ultimamente, com uma real vontade de assistir, seja por indicação ou simplesmente por já ter anotado em alguma listinha “por aí”, este filme não passou por nenhuma das situações anteriores. Eu apenas o eliminei da memória, tendo assistido apenas a alguns pedaços (há anos, já que o filme é de 2010), mas sem dar muito crédito.

Já ouvi algumas pessoas dizendo que Scott Pilgrim Contra o Mundo era muito bom, mas isso já faz muito tempo. O que eu sabia é que o filme é baseado numa história em quadrinhos, que também dizem que é muito boa (inclusive, no próprio filme, um figurante diz que “a HQ é melhor que o filme” 😅). Recentemente (há umas semanas), não sei o que me deu na cabeça, esse filme me veio à mente e resolvi colocá-lo na minha “lista de espera”. Procurei, em sites de crítica, as notas que deram ao filme (acho que nunca fiz isso) e acho que isso foi algo para eu me convencer de que deveria assisti-lo, dar uma chance, porque eu tinha uma outra parte que relutava.

Assisti, finalmente, e venho aqui compartilhar com você o que achei desse filme que muitos veneram. Mas antes, vamos para a sinopse:

“Acostumado a uma vida sem grandes emoções, Scott Pilgrim vê tudo mudar ao se apaixonar por Ramona Flowers, que é perseguida por uma liga de ex-namorados do mal dispostos a tudo para separá-la de possíveis pretendentes.”

O filme é muito doido! Pelo menos no início sim. Foi difícil acompanhar os acontecimentos. Aquela coisa de passar o tempo, saber se era real ou se era sonho do Scott, ou flashback foi um pouquinho complicado pra mim. Principalmente, quando surgiu o primeiro namorado da Ramona, do nada… Eu fiquei, tipo “Mas que p%!#@ é essa?!”! Depois foi melhor de acompanhar os fatos, apesar de eu ainda achar as aparições dos sete namorados bem doidas e aleatórias.

Os jogos de imagem, em Scott Pilgrim Contra o Mundo (apesar de as situações serem um pouco complexas) foram geniais! O diretor procurou deixar a marca de que aquela história realmente saiu de uma HQ, com quadros mostrando as reações de cada personagem, ao mesmo tempo, diante de um acontecimento e também com as onomatopeias, sempre que necessário. Outra parte de efeitos muito legais, são as imagens de videogame em 8bits, onde a ideia é parecer um jogo, no qual Scott passa de fase, a cada ex que ele derrotar, “ganhando vida” em determinadas situações… Achei um máximo e bem engraçado! Sem contar as musiquinhas de jogos…

E, por falar em música, gostei dessa ideia da banda a qual o Scott era baixista, a Sex Bob-Omb, participar de festivais e toda aquela excitação de conseguir um contrato com uma gravadora.

Os personagens são bem trabalhados (pelo menos os necessários), mas eu gostaria de destacar o Wallace (Kieran Culkin), amigo que divide a casa com Scott. Ele é o melhor personagem do filme! Sempre aparece, na maioria das vezes, nas situações mais inusitadas e tem as melhores piadas do filme. As partes em que consegui dar risada em Scott Pilgrim Contra o Mundo  devo ao ator que sempre amei, em todos os personagens que ele fazia e achava ele a cara no Macaulay Culkin… Até descobrir o sobrenome dele e constatar que ele é irmão mais novo do Macaulay… 😯😮😶

A ideia do filme é boa, mas eu confesso que me senti um pouco perdida, ou a trama era perdida… Não é que não ficou algo sem explicar, mas pode ter sido por excesso de informação, talvez por serem eventos acontecendo de repente e das formas mais loucas e imprevisíveis. Talvez isso seja o resultado da minha falta de interesse em assistir o filme, anos atrás. Mas ele ainda me deixou uma dúvida: será que a Bel, aos 23 anos (que, inclusive, é a idade do Scott), caso tivesse dado uma chance ao filme, teria gostado? Não sei nem se meus pensamentos a respeito do filme estão sendo muito claros, mas enfim… É isso.

Scott Pilgrim Contra o Mundo é um filme muito bem feito, em questões de efeitos especiais, sem sombra de dúvidas. Acredito que seja rico em referências e que eu não devo ter me atentado à todas elas. Mas, eu fico na dúvida se hoje ele entraria na minha lista de nostalgia, caso eu o tivesse assistido há quase nove anos.