Lembro-me quando, certa vez, parou em minhas mãos um VHS do Samurai X. Eram os OVAs que contavam a origem de Kenshin. Já conhecia um pouco do anime, porque passava na Globo, mas aquele conteúdo ali era outro nível. A carga dramática era mais intensa, a narrativa era mais envolvente e, principalmente, as batalhas eram mais potentes. Aquela produção me fez virar fã do universo, instantaneamente. Quando a Netflix anunciou a adaptação desse material, fiquei bastante empolgado, mas acabei esquecendo de assistir, hahaha. Enfim, antes tarde do que nunca, cá estou para falar sobre.
Mas antes do retalhamento, sinopse:
Kenshin é um terrível assassino conhecido como Battosai. Mas quando ele conhece a doce Tomoe Yukishiro, sua história começa a mudar.
Para mim, não tem como falar sobre o filme sem comparar com os OVAs. Neste ponto, a produção é impecável! Foi incrível ver o período mais brutal da vida de Kenshin sendo interpretado por atores. Toda os combates sanguinários presentes na animação estão fielmente representados no longa. Cenas como o surgimento da primeira cicatriz de Kenshin e da “chuva de sangue” foram perfeitas e memoráveis!
Outro aspecto muito positivo foi como os atores Takeru Satoh e Kasumi Arimura trouxeram a essência do relacionamento de Kenshin e Tomoe. A evolução da relação dos personagens, desde o primeiro encontro até o desfecho, é fantástica. Conseguiram representar muito bem todos os sentimentos envolvidos.
Quanto ao roteiro, não tive grandes surpresas, pois já conhecia a história. O grande ponto que cabe destacar é que, na minha opinião, foi muito fiel ao material de origem. Não duvidava que o filme seria bom, mas a qualidade da adaptação superou todas as minhas expectativas. A história é contada de maneira fluida e conseguiu capturar toda a minha atenção.
Por fim, tenho que apontar como o filme é esteticamente bonito. A escolha das cores, cenários e figurinos são capazes de transportar o espectador ao Japão medieval. Sem comentar os momentos finais, onde tudo ocorre em meio à neve. Além de ser lindo, o ambiente dialoga tão bem com os conflitos de Kenshin, que chega a ser poético.
Sem dúvida alguma, Samurai X: A Origem é melhor live action que eu já assisti. A produção conseguiu reproduzir muito bem a essência do anime, não só neste, mas como em todos os outros longas da saga. Infelizmente, depois de cinco filmes incríveis, chegou a hora de se despedir de Kenshin. Por aqui, digo que sentirei muita falta da saga.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.