Quem é meu contemporâneo deve lembrar que lá pelos 1993/1994 (não me lembro ao certo e tenho preguiça de pesquisar) fomos tomados pelo grande fenômeno chamado Power Rangers. Eram brigas acaloradas para definir quem seria tal ranger na brincadeira, era Sandy & Junior cantando uma música de doer os ouvidos (nesse momento está vindo à sua cabeça: “Power Rangers tem a força! Hey! Power Rangers são heróis! ♫”) e era uma pilha de produtos licenciados, como: videogames, boneco vira-cabeça, máscara, etc e etc. Quando anunciaram o filme do Power Rangers, muitos marmanjos e marmanjas ficaram tomados pelo espírito de nostalgia. Também fui um desses e lá fui eu assistir.
O filme conta a história de cinco jovens que possuem dilemas familiares e alguns problemas de socialização no ensino médio. Como todo bom adolescente, eles estão de saco cheio da vida que levam e da cidade que moram, mas até que um dia tudo muda: em meio a um campo de mineração, eles encontram misteriosas moedas que lhes dão super poderes. Dias depois, confusos com tudo aquilo, eles voltam à mina atrás de respostas e acabam encontrando uma nave, onde conhecem Alpha e Zordon, que explicam que eles são os novos Power Rangers. Agora eles têm a missão de salvar a Alameda dos Anjos do ataque de Rita.
Apostando em uma nova roupagem, Power Rangers chega tentando ganhar espaço no “boom” dos filmes de heróis e os responsáveis pelo filme foram bem felizes neste amadurecimento da franquia. Temos um mix de vários elementos dos filmes do gênero: as piadinhas, os personagens imperfeitos, a construção da equipe, as referências, etc. Não existem mais as roupas de látex, as faíscas (que pena) e a cidade de isopor… Tudo foi substituído por armaduras, zords e vilões bem sci-fi, e pasmem, a cidade destrói e não se reconstrói em minutos.
Falamos sobre referências ainda agora, certo? Então, o filme tem um humor bem legal neste ponto e cita inúmeras outras franquias, como Marvel, Tranformers e até a série clássica. Ah, e falando na clássica, podemos ver até alguns rostos conhecimentos em uma cena ou outra, então você que beira ou passou dos vinte e cinco, vai ter uma nostalgia potencializada, rs.
Mas se teve uma coisa que eu senti falta foram das lutas coreografadas… Pode ser um espírito muito nostálgico da minha parte, mas parece que na série clássica tinha um enfoque maior nas lutas (imagina um velho falando: “No meu tempo que era bom). Senti falta mesmo de mais cenas de luta com os rangers… Teve muito blábláblá adolescente… Ah, eu também senti falta de um close maior nos zords, queria ver mais detalhes deles…
Power Rangers veio bem maduro e deixando sua marca no gênero, mas ainda tem muito o que melhorar no próximo (sim, teremos um). Não vou negar que foi um bom início e o gosto pelo filme foi além da nostalgia. Dou nota três, mas você deve ler três e meio.
Aka Joe. Professor de linguagens místicas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, profissional de estudos psíquicos na Escola Xavier para Jovens Superdotados, amador na arte de grafar e consorte da Bel. Entusiasta dos bardos, contadores de histórias, sábios, estrategistas, aventureiros, tabernistas e bobos da corte.